Atos de vandalismo na UFPE são inaceitáveis

Por Inaldo Sampaio

Os atos de vandalismo praticados por estudantes contra a UFPE estão sendo apurados pela Polícia Federal a pedido do reitor Anísio Brasileiro. A pretexto de protestar contra a PEC 55, aprovada pelo Congresso, que estabelece limite para os gastos públicos, estudantes ocuparam duas dependências da Universidade, há dois meses, e só deixaram o local na última sexta-feira após destruírem perversamente uma parte de suas instalações.

Desde o início da ocupação, diga-se de passagem, a UFPE foi tolerante com essas pessoas, em respeito, segundo o reitor, ao “idealismo” da juventude. Mas respeitar o idealismo é uma coisa e ser tolerante com atos de vandalismo é outra muito diferente.

O saldo de destruição está disponível no local para quem quiser ver. Mas o tolerante reitor ainda se recusa a acreditar que ele tenha sido praticado por estudantes. O protesto é legítimo e democrático, mas a destruição do patrimônio público, não.

Estudantes da UFPE que se dizem “de esquerda” têm se revelado intolerantes com professores que não pensam como eles. Um desses professores, da área de Ciências Humanas, quase foi agredido fisicamente porque se declara “antipetista”, “conservador” na questão dos costumes e “liberal” no pensamento econômico. Isso, numa universidade, é a coisa mais normal do mundo, menos na UFPE.

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