Avião russo com 224 a bordo cai no Sinai, diz premiê do Egito

Airbus da companhia russa KogalymAvia sumiu 23 minutos após decolar.
Jato A-321 transportava muitos turistas russos para São Petersburgo.

Do G1

Um avião russo com 224 pessoas a bordo caiu na madrugada deste sábado (31) na península do Sinai após decolar de uma cidade no litoral do Egito. O primeiro-ministro egípcio, Ismail Sharif, confirmou o acidente por meio de comunicado. Ainda não há informações sobre o que causou a queda.

Parentes chegam ao aeroporto de São Petesburgo, na Rússia, em busca de informações sobre a queda do avião (Foto: AP Photo/Dmitry Lovetsk)
Parentes chegam ao aeroporto de São Petesburgo, na Rússia, em busca de informações sobre a queda do avião (Foto: AP Photo/Dmitry Lovetsk)

O avião da companhia KogalimAvia perdeu contato com os radares 23 minutos após a decolagem, quando sobrevoava a cidade de Larnaka, informou um porta-voz de Rosaviatsia, a agência de aviação civil da Rússia.

Segundo a agência de notícias France Presse, as primeiras vítimas da queda já foram retiradas em meio aos destroços. Já a agência Reuters informou que oficiais na cena do acidente dizem ter ouvido vozes de passageiros presos em uma parte do avião.

O avião caiu em uma área montanhosa no centro de Sinai e más condições atmosféricas dificultaram o acesso das equipes de resgate ao local, de acordo com o oficial da segurança egípcia que havia acabado de chegar ao local contou à Reuters. Os corpos dos passageiros a bordo serão levados de avião para o Cairo, segundo a fonte.

O avião tinha como destino o aeroporto Pulkovo da cidade russa de São Petersburgo. O jato é um Airbus A-321. O voo 9268 transportava muitos turistas do resort egípcio de Sharm el-Sheikh. São 217 passageiros e 7 tripulantes. Segundo a BBC, oficiais egípcios disseram que todos eram russos.

Parentes dos passageiros estão se reunindo no balcão de informações da companhia aérea russa Kogalymavia no aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, com a esperança de encontrar mais informações sobre o voo que caiu.

“Os aviões do exército encontraram os destroços do avião (…) em uma região montanhosa”, anunciou em um comunicado o gabinete do primeiro-ministro Chérif Ismaïl, acrescentando que 50 ambulâncias foram enviadas à região para “evacuar os feridos ou mortos” para hospitais no Cairo e Suez.

O porta-voz da Rosaviatsia acrescentou que a aeronave não contatou o controle de tráfego aéreo do Chipre como estava agendado 23 minutos depois da decolagem e desapareceu do radar. O chefe do centro de tráfego aéreo do Egito, Ayman al-Muqaddam, confirmou que autoridades russas perderam contato com a aeronave logo após a decolagem.

As autoridades da aviação civil perderam contato com a aeronave quando o aparelho estava a 30.000 pés de altitude (9.144 m), segundo um funcionário da autoridade de controle do espaço aéreo do Egito.

Parentes pedem informações sobre a queda do avião, no aeroporto de São Petersburgo (Foto: AP Photo/Dmitry Lovetsk)
Parentes pedem informações sobre a queda do avião, no aeroporto de São Petersburgo (Foto: AP Photo/Dmitry Lovetsk)

Equipes de resgate russas no Egito
O presidente russo, Vladimir Putin, expressou suas “profundas condolências” às famílias das vítimas e ordenou o envio de equipes de emergência russas para o local da queda, segundo a France Presse.

O chefe de Estado “deu a ordem ao ministro das Situações de Emergência (…) Vladimir Putchov de enviar imediatamente, em acordo com as autoridades egípcias, aviões do ministério para trabalhar no local do acidente”, indicou o Kremlin em um comunicado.

Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, informou na sua página no Facebook que a Embaixada russa no Egito deve acompanhar a situação do avião da companhia aérea russa.

Em seu perfil no Twitter, a Airbus, fabricante do A-321, informou que já tem conhecimento da situação e que está avaliando a situação. Segundo a empresa, mais informações serão fornecidas assim que estiverem disponíveis.

Último acidente aéreo no Egito
O último acidente aéreo no Egito foi em janeiro de 2004 e fez 148 mortos, incluindo 134 turistas franceses. Um Boeing 737 da empresa egípcia Flash Airlines caiu no Mar Vermelho, poucos minutos depois de decolar do aeroporto de Sharm el-Sheikh.

Desde o início em 2011 da revolta que derrubou Hosni Mubarak do poder, o turismo está fraco e as autoridades tentam relançar de todas as maneiras esse setor vital da economia egípcia.

Apesar da instabilidade política do país e os atentados jihadistas contra as forças de segurança no norte do Sinai, os resorts do Mar Vermelho, no sul da península, continuam sendo um dos principais destinos turísticos do país e muito frequentados por turistas russos e do leste europeu, que chegam diariamente a bordo de vários voos fretados.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *