Barragem da Ingazeira : Mobilização e encontro discutiram situação dos proprietários
Como o blog noticiou, alguns agricultores que possuem propriedades as margens da Barragem de Ingazeira se mobilizaram e juntamente com os Sindicatos Rurais de Tabira, Ingazeira, Tuparetama e São José do Egito e a Fetape, convocaram uma reunião com o DNOCS que aconteceu esta semana. O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, esteve representado através da funcionária, Joseane Silva de Carvalho, da comissão de desapropriação. Ela se reuniu com os proprietários de terras no canteiro de obras da Barragem na última terça-feira (12).
Na comunidade de Cachoeirinha, onde foi realizada a primeira reunião, apenas o prefeito de Tuparetama, Dêva Pessoa, esteve presente. O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tabira, Mauricio Bezerra, reclamou de uma maior representatividade política no encontro.
Na pauta das duas reuniões, as indenizações das propriedades. Os proprietários reivindicam preços justos nas indenizações das terras e benfeitorias, pois segundo os moradores os valores são muito baixos e não daria para eles comprarem outras terras. Outro problema seria que o DNOCS só pagaria as indenizações, aos proprietários que tenham a escritura da terra.
O vice- presidente da Comunidade Cachoeirinha, Elias Alves Bezerra, durante a reunião no canteiro de obras, falou do impasse entre os moradores e o DNOCS. “Eu acho muito errado isso que está acontecendo, há tantos anos que moro aqui e já estou com 72 anos e o que herdei dos meus pais e de meus avós, não tenho o direito. O DNOCS vai fazer a barragem e nós ficarmos morando de baixo de uma lona ou de um pé de pau? Por que condições de fazer casa aqui você não acha um que tenha, se ele vender tudo quanto tem ainda não faz,” declarou o agricultor.
O Padre Luiz Marques, que se pronunciou a favor das famílias proprietárias das terras que serão desapropriadas para a construção da barragem. “O governo é o primeiro responsável para da sustentabilidade ao homem do campo. Então, não tem que pedir licença ao prefeito, ao vereador nem a nenhum político com medo da barragem não sair se houver qualquer manifestação, de forma nenhuma. Ao contrário, se não deixasse tão relapso esse prazo todo, ninguém estava aqui, com medo de uma invasão ou embargo da obra. Então isso é bom para o governo ajeitar tudo direitinho, pagar normal para uma área de assentamento para esse pessoal,” ressaltou padre Luisinho.
Segundo Joel Gomes, que participou e outra reunião em Tuparetama, o DNOCs se encarregará de agilizar termos de usucapião, em virtude da posse passiva dos imóveis, para que possa proceder as indenizações sem maiores problemas. Segundo Joel, ficou claro que todos os proprietários serão indenizados.