Brasil passa a maior vergonha de sua história e é destruído pela Alemanha: 7×1

Belo Horizonte, 8 de julho de 2014. Daqui a cinco séculos essa data será lembrada. Esqueçam o Maracanaço de 1950. A Alemanha triturou o Brasil por 7×1, isso mesmo: SETE A UM. E em plena semifinal de Copa do Mundo. Se quiserem podem chamar de Mineiraço. Mas o mais correto é que o Brasil, do alto de seus cinco títulos mundiais tomou uma aula de futebol numa das maiores atuações de um time na história dos Mundiais e obviamente sua maior derrota em todos os tempo.

Da marcação à finalização, passando pelas transições ofensivas e defensivas. Deslocamentos sem a bola e abertura de espaços. Seja qual for o fundamento que você quiser vai saber que os alemães foram plenos em todos. Justamente eles, sempre mecânicos, frios e pouco afeitos ao jogo bonito. A verdade é que parecia que o Brasil jogava de vermelho e preto.

E foi apenas o início do sofrimento. Esse mesmo time destruído ainda terá que disputar o terceiro lugar contra Holanda ou Argentina no próximo sábado (12), em Brasília.

Felipão, incrédulo, viu seu time ser presa fácil nas mãos dos alemães. Foto: AFP
Felipão, incrédulo, viu seu time ser presa fácil nas mãos dos alemães. Foto: AFP

O JOGO

Na chegada da delegação brasileira ao Mineirão, o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira adiantou que a estrutura tática da seleção seria mantida sem Neymar. Coube a Bernard, o jogador que mais substituiu o camisa 10 ser o titular. E tanto foi mantida que a instabilidade que marcou a canarinha em toda caminhada no Mundial até aqui manteve-se presente. A diferença é que o adversário era muito mais talentoso que que Méxicos, Chiles e Colômbias da vida.

Foram apenas cinco minutos de marcação forte e sem deixar o time de vermelho e preto ultrapassar a linha divisória do gramado. Cinco minutos de ilusão até começar o pesadelo que atravessará várias gerações. O que se viu a partir dos dez minutos parecia aqueles jogos em que os garotos de dez anos do quinto ano enfrentam os adolescentes de 14 do nono ano.

O Brasil ficou, literalmente, na roda. Em ritmo de treino, a Alemanha empilhou gols como uma criança empilha peças de Lego, Aos dez minutos, Kroos bateu escanteio e Müller apareceu livre, quase cara a cara com Julio Cesar para fazer 1×0. O mínimo que restava esvaía-se ali. Apenas dois minutos depois, Fernandinho errou o bote e os alemães fizeram triangulação DENTRO da grande área brasileira. Sobrou para Klose chutar rasteiro. Julio Cesar defendeu parcialmente e o mesmo Klose marcou seu 16º gol em copas.

As movimentações sem bola de Özil, Müller e, principalmente Kroos e Khedira, fundiram os cérebros dos comandados de Felipão. Parecia que, de repente, todos haviam sido transportados para uma quadra de basquete ao invés de um campo de futebol. Ninguém sabia onde estava, com exceção do goleiro. A Alemanha sabia exatamente onde estava e para onde seus jogadores deveriam ir. Dois minutos depois do segundo gol saiu mais um. Lahm cruzou da direita e o Brasil deu a maior prova da morfina que reinava geral: a bola atravessou quase toda área até encontrar a canhota de Kroos. Bomba no canto direito.

A tortura não demorou muito. Três minutos depois, Kroos tomou a bola de Fernandinho e fez triangulação com Khedira e Müller. O último a tocar foi Kroos, sem marcação, como se estivesse batendo um pênalti: 4×0. Khedira também fez jus à sua grande atuação e a coroou com o quinto gol aos 29 após tabela com Özil.

Torcida cabisbaixa no Mineirão parecia não acreditar no massacre
Torcida cabisbaixa no Mineirão parecia não acreditar no massacre

O pior de levar cinco gols apenas na primeira etapa era voltar para a segunda. Como? Na teoria, evitar uma tragédia maior. Por isso, Felipão corrigiu o buraco no meio de campo com as entradas de Ramires e Paulinho nos lugares de Hulk e Fernandinho. A Alemanha já dava sinais de se poupar para a final, pois veio com Mertesacker no posto de Hummels.

Mais do que economizar jogador, os tricampeões mundiais economizaram em futebol nos primeiros dez minutos. A Alemanha parou e o Brasil chegou a assustar, mas encontrou o paredão Neuer em chutes de Oscar, Paulinho e Luiz Gustavo. Foi o bastante para Joachim Löw dar mais velocidade com Schürrle no lugar de Klose.

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E como se brincasse em campo, os alemães voltaram a assombrar. Primeiro num chute de Müller no ângulo direito que Júlio César desviou com as pontas dos dedos. Mas não teve jeito. Foi esse Schürrle que faria a história no segundo tempo. Aos 23 e 33 minutos ele ampliou o atropelamento germânico. E finalmente, a torcida brasileira bateu palmas para quem mereceu. Passou a gritar olé a cada troca de passes dos adversários.

Willian entrou no lugar de Fred. Entrou apenas por entrar. Foi apenas o 14º fantasma brasileiro dentro de campo. Mais um espectador privilegiado que viu bem de perto os oponentes manterem a concentração, trocarem passes com a mesma seriedade e ocuparem o espaço do mesmo jeito que fizeram quando o jogo ainda estava 0x0.

Oscar diminuiu aos 45 ao receber lançamento de Marcelo, cortar Boateng e soltar a bomba.

FIM.

Ficha do jogo:

Brasil: Júlio César; Maicon, Dante, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho (Paulinho) e Oscar; Hulk (Ramires), Fred (Willian) e Bernard. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Alemanha: Neuer; Lahm, Boateng, Hummels (Mertesacker) e Höwedes; Khedira (Draxler), Schweinsteiger, Toni Kroos, Özil e Thomas Müller; Klose (Schürrle). Técnico: Joachim Löw.

Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Árbitro: Marco Rodríguez (México). Assistentes: Marvin Torrentera e Marcos Quintero (ambos do México). Gols: Müller, aos dez; Klose, aos 22; e Kroos, aos 24 e 25; Khedira, aos 29 do primeiro. Schürrle, aos 23 e 33. Oscar, aos 45 do segundo. Cartões amarelos: Dante. Público: 58.141.

Wladmir Paulino / Do NE10

One thought on “Brasil passa a maior vergonha de sua história e é destruído pela Alemanha: 7×1

  • 11 de julho de 2014 em 12:23
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    Quanta bobagem!

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