Brasil vence o México em reencontro com a torcida
Teve de tudo no reencontro da seleção brasileira com sua torcida: em 17 minutos, o público saiu das vaias aos aplausos e gritos de “olé”. Uma volubilidade agravada pela plateia teatral que viu a vitória por 2 a 0 sobre o México, cantou músicas do Palmeiras, dono do estádio, vaiou no anúncio da escalação o corintiano Elias e o meia Fred, confundido com o xará do Fluminense, mas que terminou em festa com a nona vitória em nove jogos após a Copa do Mundo.
Triunfo que seguiu o ritmo dessa nova fase da Seleção sob o comando de Dunga: o da segurança. Em nenhum momento a vitória esteve ameaçada. Poucas vezes isso aconteceu desde os 10 x 1 sofridos para Alemanha e Holanda. A ausência de Neymar, craque, artilheiro e capitão brasileiro, tirou o brilho, o encanto, mas não a solidez e a organização da equipe.
A segurança defensiva de uma equipe que levou apenas dois gols em nove partidas predominou sobre a habilidade de Corona, mexicano que mais persistiu em bagunçar a zaga brasileira. Miranda e David Luiz, com a faixa de capitão, já que Neymar ainda não chegou, mostraram porque fica difícil para Thiago Silva reivindicar uma vaga entre os titulares.
A partir do intervalo, Dunga começou a observar. Danilo, que havia levado uma chegada firme, saiu para a estreia de Fabinho. Também entraram Firmino, Everton Ribeiro, Douglas Costa, Casemiro, Felipe Anderson… O México, absolutamente inofensivo em relação à equipe que por tanto perigo já causou ao Brasil, parece nem ter se esforçado para diminuir a vantagem.
Nada chamou tanto a atenção no segundo tempo quanto a entrada desleal do veterano Rafa Márquez (36 anos) sobre Willian. A torcida até xingou o zagueiro mexicano, xará de Rafael Marques, atacante do Verdão. Dessa vez, eles sabiam bem quem estavam “homenageando”.
Os minutos finais se arrastaram com gritos de muitos dos 34.659 torcedores para a bela gandula que corria atrás do gol de Jefferson. Bom público e renda de R$ 6.737.030. A Seleção agora vai a Porto Alegre para o amistoso contra Honduras, na quarta-feira, e segue rumo ao Chile. A estreia na Copa América será no domingo, contra o Peru. A meta? Continuar a trilhar um caminho apenas de vitórias para tentar esquecer a Copa do Mundo que parece ser inesquecível.