Campanha eleitoral só se faz com dinheiro
Por Inaldo Sampaio
Até setembro de 2015, era permitido no Brasil fazer campanha eleitoral com dinheiro doado por empresas. Uma delas, Odebrecht, maior construtora do país, doava para os principais partidos, para ficar de bem com todos, e depois embutia a conta nos contratos de obras públicas.
A partir daquela data o STF entendeu que esse tipo de financiamento é inconstitucional porque quebra a isonomia da disputa. Ou seja, os partidos que recebiam doações disputavam o pleito em condições melhores do que aqueles que não recebiam.
Agora a Lava Jato está investigando o que foi doação de “caixa 1”, (dinheiro legal), “caixa 2” (dinheiro não contabilizado) e “propina”, e ao mesmo tempo forçando o Congresso a definir novas regras de financiamento. O financiamento público é reprovado pela maioria da população e o privado é inconstitucional. Mas uma saída terá que ser encontrada porque não se faz campanha sem dinheiro, seja ele público ou privado.