Campos defende fim da reeleição e diz que país vive ‘em função das urnas’

Declaração foi dada em post na página oficial do governador no Facebook.
Segundo o socialista, ‘todo ano no Brasil é eleitoral ou pré-eleitoral’.

O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, afirmou ser contra a reeleição para cargos executivos no país. A declaração foi dada por meio de um post na sua página oficial do Facebook, no último sábado (18), quando o socialista comentou um relatório do Banco Mundial que prevê que o Brasil não tomará as medidas necessárias para enfrentar a crise econômica por causa do ano eleitoral.

“Não é possível que o país, os estados e os municípios fiquem reféns de projetos eleitorais. No vale-tudo partidário, mais quatro anos de mandato são mais importantes que as soluções que a população precisa”, afirmou Campos. O mesmo documento do Banco Mundial aponta que o país deve ter uma das menores taxas de crescimento entre os emergentes neste ano.

O governador, dizendo ser um defensor das eleições casadas e do mandato único para cargos executivos, ponderou que o Brasil “vive em função das urnas”, pois todo ano é eleitoral ou pré-eleitoral. “Com eleições casadas, evitamos também que um político deixe o mandato no meio para concorrer a outro cargo”, explicou.

Campos aproveitou o post na rede social para voltar a criticar a condução da política econômica por parte do governo federal. Na visão do socialista, o cenário atual é “o pior possível”, com inflação alta e crescimento baixo. “Precisamos resgatar a credibilidade das contas públicas dentro e fora do país. Acabar com manobras contábeis para passar a ideia de que não há crise. Basta ver a situação da Petrobras para perceber que não vamos bem”, asseverou.

Em agenda pública na última sexta (17), o governador já havia dito que muitas mudanças conquistadas nos últimos anos estavam sendo desconstruídas e que, em vários lugares, as mudanças pararam de ocorrer na vida da população.

No post feito no Facebook no sábado (18), Campos chegou a mencionar que os avanços econômicos proporcionados pelo Plano Real, cujo processo de implantação foi conduzido por Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, estão ameaçados. “É preciso agir e agir rápido”, concluiu o presidente do PSB.

Do G1

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