CIA não descarta pista de terrorismo no sumiço de Boeing na Malásia

Diretor da agência diz que ‘nenhuma reivindicação foi confirmada’.

Mais cedo, Interpol afirmou que ‘não havia indícios’ de ataque terrorista.

O diretor da CIA, a agência norte-americana de inteligência, afirmou nesta terça-feira (11) que não se pode descartar ainda a pista de terrorismo na investigação sobre o desaparecimento no sábado do Boeing da companhia Malaysia Airlines. A informação contraria um pronunciamento feito pela Interpol horas antes, afirmando que não havia “indícios” de terrorismo.

“Nenhuma reivindicação foi confirmada ou corroborada” desde o desaparecimento do avião, indicou John Brennan.

Ele acrescentou, no entanto, que não se podia descartar um vínculo com uma organização terrorista, como assegurou a Interpol, a agência de buscas e captura internacional de criminosos, falou anteriormente.

O secretário-geral da Interpol, Ronald K. Noble, minimizou nesta terça-feira a pista terrorista na investigação sobre o desaparecimento no sábado do avião da Malaysia Airlines com 239 pessoas a bordo.

“Quanto mais informações temos, mais nos inclinamos a concluir que não se trata de um incidente terrorista”, declarou Noble.

Em referência à presença a bordo do avião de duas pessoas que viajavam com passaportes europeus falsos, Noble explicou que que se trata de um caso de tráfico de seres humanos.

“Estamos cada vez mais seguros de que estes indivíduos não são terroristas”, enfatizou.

Buscas ampliadas
Na segunda-feira (10), a área de busca por destroços do voo MH370, da Malaysia Airlines, foi ampliada. O avião partiu de Kuala Lumpur, na Malásia, rumo a Pequim, na China, na madrugada de sábado (sexta-feira do Brasil), quando sumiu dos radores do controle de tráfego aéreo com 239 pessoas a bordo.

Cerca de 40 navios e 34 aeronaves de nove países diferentes estão fazendo um pente fino a leste e oeste da Malásia.

A equipe de buscas terá centenas de quilômetros quadrados para cobrir e pouca informação para se basear – apenas a última localização conhecida do Boeing 777-200ER, que levava 239 pessoas a bordo.

Nenhum destroço confirmado do avião foi encontrado até o momento, e testes indicam que duas manchas de óleo no Mar do Sul da China não estão relacionados à aeronave, dizem autoridades.Hipóteses
Segundo o chefe de polícia Khalid Abu Bakar, há quatro hipóteses de envolvimento humano no desaparecimento: sequestro, sabotagem, problemas psicológicos e problemas pessoais de passageiros ou de membros da tripulação.

Especialistas afirmam que a presença de duas pessoas com passaportes roubados no avião revela uma brecha de segurança, mas é relativamente comum em uma região considerada como uma ponto de atração para a imigração ilegal.

Falando em Paris nesta terça-feira, o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble, contou que os dois haviam trocado seus passaportes iranianos em Kuala Lumpur por passaportes roubados italiano e austríaco para embarcar no avião.

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