Cinco prefeitos presos por esquema de fraude na compra de remédios são do PSDB
Esquema, que desviou R$ 15 milhões, inclui ainda prefeitos do PT, PSD, PMDB, PR, PP e PTB
Cinco prefeitos do PSDB estão na lista de líderes do Executivo municipal de cidades de Goiás presos durante a Operação Tarja Preta, que estourou uma quadrilha que fraudava e superfaturava a venda de medicamentos e equipamentos hospitalares e odontológicos para prefeituras.
Ao todo, a operação do MPE (Ministério Público Estadual) de Goiás, em parceria com a Polícia Militar de Goiás e do Mato Grosso, prendeu 12 prefeitos. A lista ainda tem dois nomes do PMDB, além de representantes do PT, PSD, PP, PR e PTB.
Os prefeitos presos são: Aurélio Mendes (PSDB), prefeito de Aragarças (GO); Zilmar Alcântara (PTB), prefeito de Inaciolândia (GO); Delson José dos Santos (PSDB), prefeito de Carmo do Rio Verde (GO); Janduhy Diniz (PSDB), prefeito de Rialma (GO); Gilmar do Prado (PP), prefeito de Uruana (GO); Romário Vieira da Rocha (PR), prefeito de Corumbaíba (GO); Marcos Roger Garcia Reis (PMDB), prefeito de Cromínia (GO); Neldes Beraldo Costa (PT), prefeito de Perolândia (GO); Sinomar José (PMDB), prefeito de Aloândia (GO); Fausto Brito Luciano (PSDB), prefeito de Araguapaz (GO); Otair Teodoro Leite (PSDB), prefeito de Piranhas (GO); Luiz Eduardo Pitaluga da Cunha (PSD), prefeito de Pires do Rio (GO).
Um levantamento preliminar aponta que, de contratos formalizados, o esquema teria movimentado de recursos públicos cerca de R$ 15 milhões apenas em 2013. O prejuízo aos cofres públicos, contudo, pode ser bem maior porque nessa quantia não estão computados os valores referentes a procedimentos que não foram formalizados.
Ao todo, 70 promotores de Justiça estiveram envolvidos na execução dos mandados e na coleta de depoimentos.
Das PMs, participaram 386 policiais militares. Com a desarticulação da organização criminosa, o MPE informou que foram cumpridos 37 mandados de prisão temporária, 28 de condução coercitiva e 48 de busca e apreensão. Do material apreendido, destacam-se R$ 56 mil em espécie, computadores e documentos referentes a licitações e contratos.
Por: R7