Com novo show de Lucca e Aranha, Ponte carimba vaga na Sul-Americana
Para quem jogava pelo empate, em um estádio acanhado e lotado, com o adversário pressionando no início, a Ponte Preta teve uma noite bem mais tranquila do que se imaginava no Luis Alfonso Giagni, na região metropolitana de Assunção, capital do Paraguai. Com autoridade, a Macaca se impôs e fez valer a superioridade técnica para vencer o Sol de América por 3 a 1, nesta quarta-feira, e garantir a classificação às oitavas de final da Sul-Americana. Jádson abriu o placar, Javier Toledo empatou, mas Lucca fez dois gols para carimbar a vaga alvinegra.
Foi uma atuação bipolar da Ponte no primeiro tempo. Se a defesa estava desatenta, dando sopa para o azar com faltas perigosas na entrada da área, o ataque era o oposto, tocando fácil e envolvendo os paraguaios. Entre os altos de um setor e os baixos de outro, prevaleceu o brilho ofensivo.
O resultado foi um jogo agradável, com boas chances para os dois lados desde o início. Pouco depois de Aranha praticar o primeiro milagre, Jádson aproveitou jogada de Sheik pela direita para abrir o placar. O Sol de América deixou tudo igual na sequência, com Javier Toledo, em bobeada da zaga alvinegra. Aranha ainda faria outras duas defesas importantes e Emerson Sheik perderia um gol claro antes de Lucca recolocar a Ponte na frente, aos 46 minutos, após boa troca de passes entre Sheik e Elton.
O segundo tempo foi protocolar: com um gol de pênalti de Lucca logo aos oito minutos, a Ponte carimbou a vaga e reforçou a superioridade técnica. Quando os paraguaios chegaram, aproveitando-se de panes defensivas da Ponte, Aranha apareceu novamente ao defender um pênalti e pegar o rebote. Diante da enorme vantagem alvinegra e também da participação defensiva do goleiro, o Sol de América percebeu que teria uma missão impossível pela frente.
Era só administrar o tempo e esperar o apito final para comemorar. Mas Sheik queria jogo e deu seu show particular nos minutos finais: deixou Elton na cara de Silva, mas o volante desperdiçou, e ainda quase marcou em bomba de longe. Sem contar os quatro chapéus seguidos que aplicou no mesmo lance antes de sofrer falta de Marcos Duré.
Foi um típico jogo de Sul-Americana, com estádio acanhado e de pouca estrutura e discussões em campo. Principalmente no primeiro tempo, quando os paraguaios ainda tinham alguma pretensão, a partida ficou quente em alguns momentos. E a Macaca incorporou o espírito de decisão.
Jádson chegou a mostrar o dedo do meio para um adversário, Marllon e Richard Franco trocaram “carícias”, Jeferson pisou em Tomas Rojás após falta… Sheik não poderia ficar fora dessa e, após um desentendimento dentro da área, deu um soco nas costas do marcador. Sorte que o árbitro nada viu.
No segundo tempo, com a fatura liquidada, alguns torcedores mirins do Sol de América aproveitaram o campo anexo do estádio para jogar futebol.