Coreia do Sul devolve à China restos mortais de 437 soldados
Restos são de soldados que morreram durante a Guerra da Coreia.
Governo sul-coreano espera reforçar as relações bilaterais com a China.
A Coreia do Sul devolveu nesta sexta-feira (28) para a China os restos mortais de 437 soldados chineses que morreram durante a Guerra da Coreia (1950-53), um marco histórico nas relações entre os dois países que se enfrentaram naquele conflito há mais de seis décadas.
Soldados sul-coreanos entregaram aos militares chineses os restos mortais em caixões cobertos com a bandeira da China numa cerimônia no Aeroporto Internacional de Incheon, próximo de Seul.
Em seguida, os corpos foram colocados em um avião e transportados até a cidade chinesa de Shenyang, onde os soldados descansarão em um cemitério para os mortos em combate do país.
O ato de hoje é considerado histórico por ser a maior entrega de restos mortais de soldados de Seul a Pequim, já que, até agora, haviam sido repatriados 43 soldados entre os anos de 1981 e 1997.
Além disso, o governo sul-coreano espera que isso sirva para reforçar as relações bilaterais com a China, assim como para promover a paz na região do nordeste da Ásia, declarou à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Defesa de Seul.
A entrega responde a um acordo assinado em dezembro do ano passado pelos governos dos dois países.
Segundo o pacto, a Coreia do Sul se comprometeu a repatriar todos os corpos de soldados chineses enterrados junto com outros norte-coreanos no cemitério de forças inimigas da cidade sul-coreana de Paju, no noroeste do país e próxima da Zona Desmilitarizada (DMZ, sigla em inglês) que separa as duas Coreias.
Com mais de 3 milhões de mortos entre civis e soldados, segundo a maioria das estimativas, a Guerra da Coreia ficou para a história como uma das mais violentas.
A China, que lutou ao lado da Coreia do Norte contra a Coreia do Sul e as Forças da ONU, enviou ao conflito aproximadamente 1,3 milhões de soldados, dos quais 135 mil morreram em combate aproximadamente, segundo dados de Pequim, mas outras estimativas consideram que esse número é maior.