Cresce número de pacientes positivados para a Covid atendidas no HREC
Unidade está operando com 90% dos leitos de UTI ocupados
Por André Luis
O diretor do Hospital Regional Emília Câmara – HREC, doutor Sebastião Duque, informou durante entrevista ao repórter Marcony Pereira para o programa A Tarde é Sua da Rádio Pajeú, que nessa última semana, foi percebido um aumento considerado de pessoas internadas com Covid-19.
“Nós estamos com 90% da nossa capacidade e a gente vinha no máximo com 70%, 60% e isso ficava. E assim, a gente percebe esse aumento, inclusive, hoje temos um paciente aqui que é do Agreste, da cidade de Toritama”, informou.
Segundo o diretor da unidade, o fato de ter um paciente de outra região internado no hospital é preocupante porque isso era observado em momentos mais agudos da doença.
Doutor Sebastião chamou a atenção para o fato de que apesar de estar tendo aumento nos casos e ocupação dos leitos da UTI estarem com 90% de ocupação, os casos que tem chegado a unidade não são graves.
“Vale lembrar que a nossa UTI não é Covid, é uma UTI geral, mas os casos que se agravado são de Síndrome Respiratória Aguda Grave, as chamadas SRAGS”, destacou.
Duque também informou que a maioria dos pacientes internados na UTI são das regiões da X e XI GERES.
Sebastião Duque também chamou a atenção para o sinal de que mesmo com o aumento dos casos de Covid, a gravidade ser baixa, o que para ele mostra a eficácia das vacinas. “Se a vacina não existisse agora poderíamos ter tipo aquele começo de tudo, mas por outro lado a gente percebe que as pessoas estão ficando mais negligentes na questão da vacinação”, alertou.
O diretor do HREC também informou que durante o mês de outubro, apenas duas pessoas procuraram a unidade positivadas para a Covid-19, em novembro, esse número chega a treze pacientes positivados até agora. “Fora outros que foram descartados, mas que estavam com síndrome respiratória”, informou.
Outra preocupação de Duque, é com relação ao adoecimento de profissionais da unidade.
“Quando isso chega na equipe gera um transtorno muito grande como, por exemplo, essa semana eu tive um obstetra que positivou, aqui. O médico já vem para a unidade então também ele é paciente, passa lá na emergência, e faz o teste, dando positivo, esse paciente-funcionário é afastado e segue o protocolo de afastamento por sete dias no mínimo, então o plantão, muitas vezes, é como a gente diz: fica banguela, eu tinha outro obstetra, mas precisam ser dois para que a gente possa ter uma cesariana”, explicou Duque.
Ele também chamou a atenção que caso muitos funcionários positivem de uma vez pra Covid-19, não tem como substituir de última hora.