Cultura de paz no Pajeú reduz taxa de assassinatos 

Por Inaldo Sampaio 

Numa hora em que a “segurança” é a principal bandeira de campanha do candidato a presidente, Jair Bolsonaro, que está, como ele próprio diz, com uma “mão na faixa”, alegra saber que em 11 pequenos municípios de Pernambuco, quatro dos quais localizados no Pajeú, não se registrou nenhum crime de morte de janeiro a setembro deste ano. Foram eles: Quixaba, Santa Terezinha, Calumbi e Brejinho.  

O que ainda amedronta a população desses municípios é o risco de explosão de caixas eletrônicos, o que a deixa sem serviços bancários por longo tempo. Todavia, no que diz respeito aos assassinatos, está prevalecendo a cultura da paz.  

Não era à toa, por exemplo, que Miguel Arraes considerava o Pajeú a região “mais politizada” do Estado. Impressionava-o, sobretudo, a quantidade de artistas que existem na região, especialmente cantores, escritores, compositores e poetas populares, apesar do seu déficit de representação na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.  

Conforta saber que um município pequeno como Brejinho, com pouco mais de 7 mil habitantes, na divisa com a Paraíba, passou mais de uma década sem registrar um único homicídio e que tem todas as suas crianças na escola.  

Essa cultura de paz que há no município foi iniciada há mais de 20 anos pelo ex-prefeito José Vanderley e teve continuidade com a atual, Tânia Maria. Ambos são do PSB.  

Pergunta-se, então: se Brejinho, que sobrevive apenas do FPM, conseguiu zerar sua taxa de homicídios este ano e pôr todas as suas crianças na escola, por que os municípios grandes não podem fazer o mesmo?

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