Debate das Dez: A volta de Padre Josenildo
Um mês depois de tirar férias “forçadas”, por recomendação médica, o Pároco de Afogados da Ingazeira, Padre Josenildo, fala da retomada dos trabalhos, sobre o seu afastamento, saúde, descanso e as lições que tirou desse episódio.
Padre Josenildo iniciou ressaltando a importância de Deus nesse episódio, “Deus esteve o tempo todo na frente”, e também sobre a importância dos médicos que lhe atenderam.
Padre Josenildo relatou como foi o início de todo o processo, disse que depois da semana do velório de Dona Giza, na semana seguinte, começou a ter dificuldades em dormir e isso lhe causou estranheza, já que nunca teve problemas do sono.
Disse que depois de uma semana muito intensa em Recife, chegou a Afogados no sábado para celebrar a missa do feirante e ao decorrer da celebração começou a sentir muito mal, achando até que não iria conseguir terminar a missa.
Logo após a missa, cancelou alguns compromissos e foi para casa tentar dormir e descansar, achando que poderia ser o cansaço da semana, mas não conseguiu, começou a se sentir muito mal e o coração acelerou, então resolveu procurar ajuda médica.
Padre Josenildo agradeceu a Dra. Albertina Padilha, que de pronto lhe atendeu e lhe orientou.
O Padre descreveu os sintomas à Dra. Albertina, que lhe disse para parar imediatamente de trabalhar, pois ele estava em estado de estresse, lhe receitou alguns medicamentos e que repousasse.
Padre Josenildo, disse então que resolveu ir para Flores, para casa de familiares, mas viu que não tinha condições de dirigir, então pediu para que viessem busca-lo.
Em Flores vendo que não melhorava e tendo dores abdominais, foi suspeitado uma crise de gastrite que logo após exame, foi visto que também não era o caso.
Então Padre Josenildo, resolveu ir para Recife procurar ajuda de especialistas, onde foi diagnosticado o quadro de síndrome do pânico, causada por descarga de estresse, diante do grande acumulo de responsabilidades.
Disse que foi recomendado o desligamento 100% do trabalho.
Padre Josenildo, disse que aproveitou estes quarenta dias de licença médica para descansar.
Padre Josenildo disse que o erro dele e de outras pessoas é não tirar tempo para si mesmo, disse que isto é uma coisa muito errada e recomendou para que ninguém faça isto.
“As pessoas pensam que é só celebrar a missa e voltar para casa e descansar”, disse.
Padre Josenildo, ressaltou a importância de ir ver um psiquiatra e alertou que o preconceito as vezes pode levar a um quadro mais grave de certas doenças.
Padre Josenildo disse ainda que a médica atribuiu a rapidez de sua melhora o fato de ter buscado ajuda logo nos primeiros sintomas.
Padre Josenildo disse estar totalmente reestabelecido e informou que já marcou as suas férias para o fim de janeiro.
“Mas agora é férias mesmo, não é férias forçadas”, disse Padre Josenildo.
Ouça abaixo na íntegra o áudio do debate: