Dilma deve deflagrar reforma ministerial a partir do dia 30
A presidente Dilma Rousseff deve desencadear a reforma ministerial a partir do dia 30, após a série de viagens que fará no final do mês, segundo apurou a repórter Juliana Braga, do G1. A partir do dia 22, ela irá a Natal (para inaugurar estádio da Copa); Davos, na Suíça (para o Fórum Econômico Mundial); e Cuba (encontro da comunidade de países da América Latina e do Caribe).
De olho nas alianças para a eleição de 2014, Dilma avalia a troca de nove a dez ministros.
Os irmãos Cid e Ciro Gomes, do PROS, vão indicar um dos nomes, possivelmente para a Secretaria de Portos.
O PTB cogita Integração Nacional e Portos, mas, como a Integração deve ficar com o PMDB, o mais provável é que o Planalto negocie com o PMDB a cessão para o PTB do Ministério do Turismo, apesar da resistência dos peemedebistas.
O PSD, partido do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, pode manter o Ministério da Microempresa, com Afif Domingos, e negociar um espaço maior em um eventual segundo mandato de Dilma.
Para o Ministério da Saúde, a solução deve ser interna. Os secretários Mozart Salles e Helvécio Magalhães são os mais cotados. O primeiro é considerado mais técnico, o segundo, mais político.
Para a Educação, o escolhido deve ser José Henrique Paim, atual secretário-executivo de Aloizio Mercadante, que deve assumir a Casa Civil, a ser desocupada por Gleisi Hoffmann, pré-candidata ao governo do Paraná.
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ainda não tem destino, mas Dilma deve considerar a opinião dela na hora de decidir sobre as mudanças.
O Ministério de Ciência e Tecnologia pode entrar na dança das cadeiras e ser entregue a um partido aliado, mas um obstáculo a isso é Aloizio Mercadante, ex-ministro da pasta e que deixou em seu lugar o protegido Marco Antonio Raupp.
Na Embratur, Flávio Dino (PC do B), que disputará o governo do Maranhão, deve indicar o sucessor, apesar de o grupo político do senador José Sarney não gostar do espaço que o adversário tem no governo federal. Mas a avaliação no Planalto é de que Sarney já ocupa espaço suficiente no governo – tem no ministério os aliados Edison Lobão (Minas e Energia) e Gastão Vieira (Turismo).
Dilma também deseja entre os auxiliares o empresário Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar. Ele é cotado para entrar no Ministério do Desenvolvimento, no lugar de Fernando Pimentel, possível candidato a governador de Minas Gerais pelo PT.
Do Blog do Camarotti