Discordância de Marina em SP não afeta aliança nacional, diz Campos
Vice na chapa presidencial do PSB criticou aliança com o PSDB em SP.
Para Campos, críticas de Marina não são novas e não afetam parceria.
O pré-candidato à presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, afirmou nesta terça-feira (10) que as críticas que sua pré-candidata a vice, Marina Silva, fez sobre o apoio do partido ao PSDB em São Paulo não afetam a aliança nacional em torno da candidatura do ex-governador de Pernambuco.
Marina declarou que é contra a decisão oficial do PSB de apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo. Ela chegou a dizer que vai se recusar a dividir palanque com o atual governador do estado paulista.
A ex-senadora defende uma candidatura própria no estado, e chegou a divulgar uma nota em sua página oficial no Facebook chamando a decisão do diretório do PSB em São Paulo de “um equívoco”.
Para Campos, o posicionamento de Marina não gera desconforto. “Se em um ou outro estado não vamos poder estar juntos, essa é uma questão meramente estadual, não tem nada a ver com a aliança nacional. A aliança nacional é muito maior do que qualquer episódio em qualquer estado, por mais importante que seja esse estado”, afirmou o pré-candidato.
Eduardo Campos comentou as falas de sua companheira de chapa após evento com empresários na AmCham, a Câmara Americana de Comércio, em São Paulo, nesta terça.
Ele ainda disse que as críticas sobre o apoio ao PSDB em São Paulo não são novidade e “não acrescentam absolutamente nada ao que ela sempre disse”.
Ele reforçou que, a chapa PSB-Rede se acertou em 15 estados. Além de São Paulo, Campos e Marina também ainda não se acertaram quanto a quem vão apoiar em Minas Gerais.
Posição nas pesquisas
Na última pesquisa Datafolha, divulgada na última semana, Campos caiu nas intenções de voto. Ele apareceu com 7%, ante os 11% que teve no levantamento de maio. Ele se disse “muito tranquilo” em relação às pesquisas.
“Veja, nós estamos em uma fase de pré-campanha. Quando começar a campanha efetivamente na televisão, nas mídias sociais, nos debates e tal, a gente vai ter um quadro que vai se delineando lá para setembro. E aí a gente vai olhar o número quantitativo, agora não é o caso”, afirmou.
“Eu estou completamente tranquilo”, reiterou o pré-candidato. Para ele, o eleitor começa a se interessar pela eleição a partir de setembro, quando então as candidaturas passam a ser mais conhecidas.
“Com certeza a gente vai ter a eleição se posicionando ali em setembro, é assim que tem acontecido em eleições que têm a participação de pessoas que não são 100% conhecidas. É preciso saber cada tempo que uma campanha tem. Tem o tempo do plantio e da colheita. O da colheita vai vir nas urnas”, disse.