Dois são presos por participação em assalto que matou família serra-talhadense
Da Rádio Jornal
Dos 12 mortos, pelo menos seis são criminosos. Eles foram identificados pela dupla detida na operação policial
O secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, confirmou 12 pessoas mortas na ação criminosa em Milagres, no Cariri. Desses, pelo menos seis são criminosos. Duas pessoas foram presas na ação policial e ajudaram na identificação dos corpos. O secretário afirmou que a Polícia já havia sido acionada e esperava a quadrilha agir para realizar flagrante. Entre as vítimas, João Batista Magalhães, o Erinho Magalhães, proprietário da Magalhães Informática, de Serra Talhada, foi buscar familiares em Juazeiro com o filho e foi parado por criminosos que tomaram seu carro e os fizeram reféns.
Além de Erinho, seu filho, Vinicius Magalhães, de 14 anos, uma cunhada, o concunhado e um sobrinho de João Magalhães, que residem em São Paulo, e retornavam para visitar familiares estão entre as vítimas.
André Costa diz que havia informação sobre uma “tentativa de roubar banco pelo Sul do Estado” e que por isso foram deslocadas equipes da Polícia Militar (PM), Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e do Comando Tático Rural (Cotar) que ficaram esperando a ação criminosa acontecer.
“Temos 12 pessoas mortas, pelo menos seis são criminosos. Outros dois presos ajudaram na confirmação de quem eram os criminosos e temos ainda seis pessoas mortas sem identidade”, disse o secretário. A Perícia Forense do Ceará (Pefoce) trabalha na identificação dos outros seis corpos.
Apreensão
Entre as armas apreendidas pela Polícia estão pistolas, espingarda calibre 12, munições e explosivos. Equipes policiais buscam foragidos na região. De acordo com o secretário, a ação foi realizada por quadrilhas de ação interestadual, que atuam principalmente no Nordeste.
O titular da SSPDS diz que ainda é cedo para afirmar se a ação da Polícia foi irresponsável. “Houve troca de tiros. Um dos presos diz que matou pessoas no local (do crime) que não eram da quadrilha”, afirma. “É muito difícil fazer julgamento sobre ação dos policiais no meio do tiroteio. O momento é de sermos responsáveis e aguardar a apuração realizada de forma isenta”.