“É preciso combater o retrocesso do país”, disse Marília Arraes em entrevista à Pajeú
Vereadora também disse achar que hora não é apropriada para se falar em disputa eleitoral
Por André Luis
A vereadora de Recife Marília Arraes (PT), em entrevista na manhã desta sexta-feira (05) por telefone ao programa Manhã Total da Rádio Pajeú, falou sobre o momento político que vive o país e sobre a sua pré-candidatura.
Marília que esteve reunida com o vice-presidente do PT de Afogados da Ingazeira, Emídio Vasconcelos na última quarta-feira (03), disse que foi muito bom conversar com Emídio e saber da realidade da região do Pajeú, como as pessoas estão pensando sobre o momento político do país, que segunda ela, “vive um verdadeiro desgoverno”.
Sobre o seu desconhecimento da região do Pajeú, Marília disse que sua militância começou andando o Estado, quando acompanhava o ex-governador Miguel Arraes, seu avô, “apesar de ser vereadora de Recife há três mandatos, eu tenho conhecimento de muita coisa da região do Pajeú, pois acompanhava o meu avô durante em suas viagens pelo Estado, lógico que teremos que fazer um levantamento sobre outros dados, para ter um conhecimento profundo dos problemas da região”, disse.
Sobre alguns problemas de Afogados da Ingazeira e a região do Pajeú, Marília destacou o não funcionamento da Delegacia da Mulher por falta de uma delegada, o problema do lixão e a crise hídrica.
“O que Pernambuco vive hoje, além da crise na segurança pública é a crise hídrica, principalmente no interior do Estado, é um absurdo, isso já deveria ter sido resolvido há muitos anos e só não foi resolvida ainda por falta de vontade política”, disse Marília.
Marília foi uma das vereadoras mais votadas no pleito passado em outubro de 2016 e após romper com seu primo Eduardo Campos em 2014, trocou o PSB, pelo PT, o que foi visto por muitos como um suicídio político, visto a grande rejeição que o Partido dos Trabalhadores tem sofrido.
Com isso, hoje Marília tem tido seu nome ventilado no partido caso o PT resolva ter uma candidatura própria para disputar o governo do Estado em 2018. Sobre essa possibilidade, Marília disse que jamais colocou seu nome em uma discussão e que acha cedo falar sobre isso agora visto o momento que vive o país.
“O Brasil vive uma instabilidade política muito grande, a gente esta ai com um governo que retirou a ex-presidenta Dilma e que está agora fazendo verdadeiros absurdos, contra o povo brasileiro, retirando os direitos dos trabalhadores, não quer mais deixar que o povo se aposente com essa reforma da Previdência, vendeu o nosso petróleo para firmas estrangeiras explorarem e tantos outros absurdos que têm sido feitos, está mostrado à que veio. E agora, ontem inclusive saiu uma proposta que está em tramitação que se o governo do jeito que está continuar, vai ser aprovada, uma proposta para que não tenha eleições em 2018” disse Marília.
Marília também falou que tem muito orgulho de fazer parte do mesmo partido do ex-presidente Lula, a quem ela elogiou dizendo ter sido o presidente que mais fez pelo povo brasileiro e principalmente pelos pernambucanos, “então é uma questão de gratidão que a gente volte a votar em Lula, o que esta havendo é uma perseguição, já foram ouvidas mais de 80 testemunhas e ninguém apresenta um prova contra ele”, destacou.
Marília também disse que a hora da auto avaliação do partido já passou e que os acertos foram maiores que os erros e que o que o PT está sofrendo hoje é justamente por conta dos acertos, “os poderosos não aceitam que o pobre tenha acesso ao estudo, não aceitam que o filho do rico se sente na mesma bancada que o filho do pobre em uma faculdade”, afirmou.
Marília também disse que é preciso que haja um movimento para combater o retrocesso do país, “a gente precisa é de fato fazer um movimento que combata o retrocesso que vive o país. Estamos com uma taxa altíssima de desemprego”, disse.
Ouça abaixo na íntegra como foi a entrevista de Marília: