Edinho poderá receber visitas na cadeia a partir desta quinta-feira
Edinho está sem falar com a família desde o dia que foi preso.
Advogado deverá entrar entrar com pedido de habeas corpus.
Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, ex-goleiro do Santos e filho de Pelé, deverá receber a primeira visita dos familiares, desde que foi preso, na manhã desta quinta-feira (10), em Santos, no litoral de São Paulo. Ele está detido na cadeia anexa do 5° Distrito Policial da Zona Noroeste desde a manhã de terça-feira (8) após ter sido preso pouco mais de um mês depois de ter sido condenado a 33 anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro, proveniente do tráfico de drogas. O acusado recorria da condenação em liberdade, porém, um mandado de prisão foi cumprido pela Polícia Civil.
Edinho não pode receber a visita da família desde que foi preso. A primeira visita ocorrerá apenas às 11h desta quinta-feira. A única pessoa que conversou com o filho de Pelé, nesta quarta-feira (9), foi o advogado Eugênio Malavasi, que passa a assumir o caso a partir de agora no lugar do advogado de São Paulo que defendia o filho de Pelé. Ele deve entrar com um pedido de habeas corpus para o ex-goleiro ainda nesta quinta-feira.
Segundo informações da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos, o filho de Pelé foi encontrado na própria casa, na cidade, e não ofereceu resistência aos policiais.
Outros quatro condenados
Além do filho de Pelé, Clóvis Ribeiro, o “Nai”; Maurício Louzada Ghelardi, o “Soldado”; Nicolau Aun Júnior, o “Véio”; e Ronaldo Duarte Barsotti, o “Naldinho”, foram condenados pelo mesmo crime.
De acordo com as investigações, “Naldinho” era o líder da organização criminosa, que mantinha sua base em Santos e tinha ligação com o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro. Além dos réus condenados, outras pessoas integram o grupo, descoberto pelo Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) por meio da Operação Indra, em 2005.
O caso
Edinho foi preso com outras 17 pessoas pela Operação Indra em junho de 2005, realizada pelo Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos), acusado de ligação com organização de tráfico de drogas comandada por Naldinho, Ronaldo Duarte Barsotti, na Baixada Santista. Após seis meses em prisão provisória, foi solto com liminar em habeas corpus concedida pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Em janeiro de 2006, teve a prisão decretada com o aditamento da denúncia, que passou a incluir o crime de lavagem de dinheiro. Mas obteve o direito de permanecer em liberdade graças a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).