Eduardo defende fim dos cargos vitalícios na Justiça

Após ser questionado sobre o fato de ter indicado a sua mãe, Ana Arraes, para o cargo de ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), o ex-governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) falou, na sabatina do Jornal Nacional da TV Globo ontem, em “reforma” no pode judiciário para acabar com os cargos vitalícios.

“Acho que a gente precisa de um comitê de busca, e não indicações, como se faz em várias partes do mundo. Deve fazer uma reforma para acabar com cargos vitalícios na Justiça, de maneira a oxigenar os tribunais”, disse o socialista.

Ao afirmar que não havia qualquer contradição ética em ter se empenhado pessoalmente na eleição da sua mãe para ministra, Eduardo ainda teve que explicar a situação de ter indicado o primo, João Campos, para a vaga de conselheiro reservada ao crivo do Executivo para o Tribunal de Contas de Pernambuco, e o primo da sua esposa, Renata Campos, e chefe de gabinete do seu governo, Marcos Loreto, para outra vaga de conselheiro do TCE.

“Um deles foi indicado pelo Executivo e o outro pela Assembleia. E tinham todos os predicados para fazer esse pleito”, argumentou. Com Eduardo desfrutando de largo apoio entre os deputados estaduais, os dois se elegeram por unanimidade em eleição protocolar. “Não vejo nada de errado”, resumiu Eduardo.

Com quinze minutos no horário nobre, o ex-governador teve também que explicar as divergências de pensamento entre o PSB e a sua companheira de chapa, Marina Silva. “Na verdade, sobre essa questão (a votação do Código Florestal), eu defendi a posição de Marina. Inclusive, houve um racha na bancada. Me solidarizei”, disse, quando foi confrontado pelo âncora Willian Bonner com o dado de que apenas dois votos do PSB foram contra a matéria. Na época, Marina disse que o código significava um “retrocesso de 20 anos”.

O presidenciável disse ainda que é possível cumprir todas as suas promessas de campanha até agora – como escola integral, passe livre, ampliação do bolsa família, aumento do orçamento para segurança –, ao mesmo tempo em que traz até 2019 a inflação para 3%. “Estamos ouvindo técnicos e é possível sim fazer isso. Tem um orçamento, estamos fazendo contas”, garantiu.

Do JC Online

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *