Educação // O uso abusivo do celular e suas complicações
Celulares e equipamentos eletrônicos estão proibidos nas salas de aula e em bibliotecas das escolas públicas e particulares de Pernambuco. A lei 15.507, de 21 de maio, regulamenta o uso dos aparelhos no ambiente escolar e prevê punições caso as normas sejam desrespeitadas. Caberá aos diretores informar os alunos sobre a lei e aplicar as penalidades a partir do que diz o regimento da escola.
De acordo com o texto, de autoria do deputado estadual Professor Lupércio (SD), os celulares deverão ficar desligados nas salas de aula, exceto quando forem usados para atividades pedagógicas. Nos outros ambientes da unidade de ensino, os aparelhos devem ficar no modo silencioso e só deverão ser usados para fins pedagógicos. Também está proibido usar o telefone móvel em bibliotecas. A lei foi sancionada pelo governador Paulo Câmara e publicada no Diário Oficial do estado de sexta-feira.
O problema com o uso abusivo dos celulares não se restringe a penas a área educacional por parte dos alunos e professores, mas em todos os setores da sociedade. Tanto é que o uso do mesmo tem causado demissões. Em Afogados da Ingazeira mesmo, já houve casos de pessoas que perderam o emprego pelo uso indevido deste tipo de equipamento durante o horário de trabalho.
Hoje (26) nos estúdios da Pajeú, a diretora do Cônego João Leite Cleide Siqueira, a professora Socorro Araújo ex-diretora do Colégio Normal de Afogados da Ingazeira e a comerciante Jacitara Nascimento que proibiu o uso do celular em horário de trabalho pelos seus funcionários, falaram sobre a criação dessa lei e dos impactos causados nas relações dentro das salas de aula e do ambiente de trabalho pelo uso abusivo do celular.
A medida foi muito comemorada pelas três e em alguns casos, escolas já tinham tomado decisões similares, como no Colégio Normal Estadual, Afogados da Ingazeira. “No ensino fundamental celulares e fones de ouvido eram proibidos, fruto de decisão da comunidade escolar. No ensino médio, era permitido portar mas desligado ou silencioso guardado na bolsa”, disse a professora Socorro Araújo.
No Cônego João Leite, a Diretora Cleide Siqueira afirmou que alguns professores isoladamente já tinham tomado essa decisão. “A Lei é ótima porque unifica”.
Já Jacitara explicou o motivo que a levou a tomar a medida de proibir o uso de celulares pela sua equipe de funcionários no horário de trabalho e disse: “Se o funcionário for pego fazendo uso do celular, na primeira vez recebe uma advertência, se for pego novamente é demitido por justa causa, nós não admitimos de forma alguma está prática no nosso comércio”.
Ouça abaixo na íntegra o que disseram Cleide, Socorro e Jacitara ao comunicador Nill Júnior durante o Debate das Dez de hoje: