Em nota Governo de Pernambuco diz que entrevista de Temer foi eleitoreira

Por André Luis

A entrevista do Presidente da República, Michel Temer à uma rádio pernambucana na manhã de ontem (29), causou polêmica e caiu como uma bomba no centro do governo estadual de Pernambuco. Isto porque em sua fala, Temer disse que contou com o apoio do governador do estado Paulo Câmara, durante o processo de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, além de colocá-lo como parceiro importante da sua gestão.

Em nota o governo do estado chamou o episódio de lamentável, e que a entrevista do presidente Michel Temer, teria fins eleitoreiros a serviço de Fernando Bezerra Coelho e Armando Monteiro, seu concorrente na disputa ao Palácio do Campo das Princesas.

De fato, é no mínimo estranho quando Temer em sua entrevista afirma que não tinha conhecimento das críticas que vinha sofrendo por parte de Paulo Câmara, que já vinha batendo no governo Temer, fato que se intensificou após o início da campanha eleitoral.

As declarações do presidente durante a sua entrevista, soam mais como uma represália política contra Paulo Câmara, pois como é do conhecimento de todos, Temer goza de uma impopularidade e de uma rejeição recordes em seu governo, fato que faz com que nenhum candidato a cargo eletivo queria ter a sua imagem atrelada a ele, principalmente durante estas eleições.

Outro fato importante que precisa ser observado durante a entrevista do presidente Temer, é quando ele diz que se livrou de dois processos de impeachment, por ter prestígio no legislativo federal, quando se sabe que o que realmente livrou-o dos processos, foram as manobras políticas feitas por ele, com a farra de distribuição de emendas parlamentares.

Ainda segundo a nota, “a mentira se estendeu a um documento que supostamente deveria conter os investimentos federais no estado”.

O governo de Pernambuco encerra a nota dizendo que: “O papel a que se prestou o presidente mostra a exata dimensão de sua estatura política e do tamanho do seu empenho com a candidatura do senador Armando Monteiro e toda a sua turma”. Leia a íntegra da nota do governo do Estado:

“Pernambuco acompanhou ontem, um capítulo lamentável da história brasileira com um presidente da República cumprindo uma tarefa eleitoral minúscula, a serviço de seus aliados. Atendendo à primeira demanda de Fernando Bezerra Coelho, seu novo líder no Senado, Michel Temer tentou interferir na eleição local com a falsa afirmação de que teria algum tipo de proximidade com o governador Paulo Câmara. A ação orquestrada entre Temer e Fernando Bezerra Coelho para beneficiar Armando Monteiro só evidenciou o quanto esse grupo político está integrado e trabalhando contra os pernambucanos. A mentira se estendeu a um documento que supostamente deveria conter os investimentos federais no estado.

A obra de ficção encaminhada pela Presidência da República elenca como aporte do Governo Temer em Pernambuco desde construções realizadas no Rio Grande do Norte, passando por repasses obrigatórios aos trabalhadores, como PIS/PASEP e FGTS. Além de itens que deveriam acontecer em 2018 e nem sequer foram iniciados.

Nenhuma linha sobre o fechamento do crédito nos bancos oficiais para Pernambuco e nem sobre o fim do repasse para obras importantes como a Adutora do Agreste, que não recebeu nenhum centavo da União em 2018. O documento também não menciona que Temer impediu por duas vezes a devolução da autonomia de Suape, assim como prometeu e não cumpriu a prorrogação dos incentivos fiscais para que a FIAT realize mais um investimento de R$ 7 bilhões que gerarão 13 mil novos empregos. Quem sabe o que o presidente Temer significa pra Pernambuco é o nosso povo que dá 94% de rejeição a ele. O papel a que se prestou o presidente mostra a exata dimensão de sua estatura política e do tamanho do seu empenho com a candidatura do senador Armando Monteiro e toda a sua turma”.

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