Em Pernambuco, aprovação de Eduardo é de 54% e a de Dilma, 37%
As manifestações de junho deste ano, que externaram uma insatisfação generalizada e difusa da sociedade, impactaram diretamente na imagem dos governantes brasileiros. Apesar do reflexo das ruas sobre as gestões, em Pernambuco o governador Eduardo Campos (PSB) conseguiu sobreviver à “onda” de reprovação” dos movimentos reivindicatórios. Embora apresentando uma queda significativa de popularidade, em comparação com avaliações anteriores a junho, o impacto se apresenta bem menor que o sofrido pela avaliação da gestão da presidente Dilma Rousseff (PT).
A pesquisa de avaliação de governos e intenção de votos do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), em parceria com o JC e o Portal LeiaJá, feita nos dias 21 e 22, no Estado, revela que o governo Eduardo tem a aprovação de 54% (17% ótima e 37% boa) – com uma avaliação regular de 28% –, contra uma reprovação de 12% (7% ruim e 5% péssima). Ao mesmo tempo, a gestão Dilma tem a aprovação de 37% dos pernambucanos (10% ótima e 27% boa), enquanto a avaliação regular é de 35%, contra uma reprovação de 24% (13% ruim e 11% péssima), o dobro da recebida pelo governador. Os dados são da pesquisa estimulada.
Ex-aliados e prováveis adversários em 2014, na disputa à Presidência da República, Eduardo e Dilma coincidem na distribuição dos maiores e menores índices de aprovação, com os menores percentuais situados no Recife – maior colégio eleitoral do Estado – e na Região Metropolitana e os maiores no Sertão e na Região do São Francisco (veja quadro). Na Capital e RMR, a administração do governador Eduardo é aprovada por 48% (em ambas), ao tempo em que a da presidente Dilma recebe 33% e 30%, respectivamente.
Os índices de aprovação dos governos Eduardo e Dilma crescem, entretanto, entre os eleitores pernambucanos, quando a pesquisa limita-se a aplicar a pergunta “Você aprova ou desaprova o governo?”. Nessa situação, 67% aprovam e 21% reprovam a gestão do socialista, enquanto 50% aprovam e 38% reprovam a da petista.
Um dos coordenadores da pesquisa, o cientista político Adriano Oliveira explica que a aplicação da simples indagação “aprova” ou “desaprova” as gestões “serve apenas para um indicativo de comparação (dos pesquisadores)”, uma vez que ela não permite opções (“ótima”, “boa”, “regular” etc) ao eleitor entrevistado, deixando nesse caso a avaliação menos real.