Evento de Monteiro mexeu com Lula

Por Inaldo Sampaio

Políticos que acompanharam a visita de Lula a Monteiro (PB), no último domingo, voltaram para os seus estados convencidos de que a carinhosa manifestação de que ele foi alvo mexeu com sua cabeça para 2018.

Ele ainda não se declara candidato à sucessão de Michel Temer. Muito pelo contrário, sempre age com cautela quando é questionado sobre a candidatura. Ora diz que está velho demais para ser candidato, ora que não sabe sequer se estará vivo em 2018, ora que o PT deve apostar em caras novas, como por exemplo o ex-prefeito Fernando Haddad (SP) cujo nome não apareceu até agora em nenhuma das 38 fases da Operação Lava Jato.

O fato é que, mesmo não tendo tomado ainda uma decisão, o ex-presidente é o nome mais competitivo do PT para enfrentar essa parada. E, paradoxalmente, é o candidato mais forte e também o mais fraco. Tem ao mesmo tempo 30% de intenções de voto e cerca de 50% de rejeição.

Senadores como Lindberg Farias (RJ), Gleisi Hoffmann (PR) e Vanessa Grazziotin (AM), que acompanharam, anteontem, a visita de Lula a Monteiro, tiveram oportunidade de constatar o que já sabiam pelos números das eleições: o ex-presidente tem muito mais força no Nordeste, hoje, apesar de responder a cinco processos na Justiça, do que no ABC paulista, que é o berço do “petismo”.

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