Fala Doutor: psicólogo fala sobre o poder devastador das drogas no seio familiar
Por André Luis
O psicólogo Antônio Ricardo, foi o convidado do Fala Doutor, desta quarta-feira (28), quadro que vai ao ar durante o programa A Tarde é Sua, com Micheli Martins.
Dr. Ricardo, que é natural do Recife, mas já está há algum tempo atendo na Casa de Saúde Evóide de Moura, em Afogados da Ingazeira, falou sobre as drogas e a família. (Ouça a íntegra da entrevista no final do matéria).
O psicólogo disse que falar de drogas é como um novelo, “quanto mais se puxa mais desenrola e aparecem novas coisas”.
Ele explicou que a droga é uma substância que ao entrar no organismo provoca mudanças, tanto no comportamento físico, como no psíquico, mas alertou que a sociedade moderna caminha a passos largos para essa patologia e deficiências que tem agravado não somente a camada mais humilde, mas atinge à todas as classes da sociedade.
Sobre a relação da droga no seio familiar, Dr. Antônio disse que, gera um grande desconforto para a família e para o usuário. “
A droga hoje permeia todo o setor e claro que está no seio familiar. O sujeito não nasceu pra ser um usuário, ele não depende da droga pra viver, pra ter uma alegria, mas mediante o processo de caminhar, ele vai tendo contato com esse novo mundo com essa experiência e vai até o ponto de que alguns deles não conseguem mais sair, e há óbitos ou sequelas, ficando como se fosse um desligado, dependente de um hospital, de um acolhimento familiar mais severo”, disse.
Questionado sobre as causas que fariam um individuo entrar no mundo das drogas, Dr. Antônio disse que não existe uma definição, mas geralmente o fato da pessoa querer se afirmar diante da sociedade, ou sair de um estado de tristeza, como por exemplo o fato de não ser notado, além é claro do fato de que muitos entram por uma curiosidade e alertou que pessoas que fazem o uso de drogas licitas como o cigarro e a bebida, são mais propensas a experimentar as drogas ilícitas, como maconha, cocaína, crack dentre outras.
Dr. Antônio revelou ainda que já atendeu casos tão extremos de que o paciente havia chegado ao ponto de por conta da dependência fumar fezes de cavalo e casca de macaxeira por falta da droga em si. Ouça a íntegra da entrevista: