Feliz por ir à Copa do Mundo, Meira Ricci valoriza Pernambucano e vai apitar no agreste
Aos 39 anos, o mineiro Sandro Meira Ricci viveu a maior alegria que um árbitro de futebol poderia imaginar: ser convocado para integrar o quadro de arbitragem que vai atuar na Copa do Mundo 2014. Na tarde desta sexta-feira, Sandro esteve na sede da FPF, no bairro da Boa Vista, centro do Recife, para conceder uma entrevista coletiva e receber do presidente da entidade do estado, Evandro Carvalho, o escudo e o cartão da Fifa. Sandro mostrou que ficou muito emocionado com a convocação ao ler, antes de responder as perguntas do jornalista, um texto que escreveu no momento em que soube da sua inclusão na Copa.
Mas nem por isso perdeu a humildade. Neste domingo, Meira Ricci está escalado para atuar na partida Pesqueira x Vitória, no agreste do Estado, e sua motivação é a mesma como se estivesse apitando uma partida do mundial. “O que me levou à Copa do Mundo foram os jogos amadores, profissionais, internacionais. Fiz convocado por tudo que fiz nos Estados, na América do Sul e na Fifa. Acho que o primeiro passo para o insucesso é o menosprezo. Então, a gente tem que levar o Pernambucano como merece, com respeito e seriedade”, declarou.
Sandro disse também que não vai ter essa de torcer contra o Brasil para aumentar a possibilidade de atuar na final da Copa. “Eu prefiro a felicidade de milhões de pessoas do que a felicidade de poucos”, destacou.
Meira Ricci acredita que tem condições de fazer um bom trabalho ao lado dos assistentes Émerson de Carvalho e Marcelo Van Gasse, que fazem parte do quadro de arbitragem de São Paulo. Ele declarou que está preparado para suportar a pressão da torcida, já que vai atuar no seu país. “Isso é motivo de orgulho. Se o árbitro não estiver pronto para pressão, é melhor viver em Fernando de Noronha”, disse. “Eu vou continuar trabalhando forte. Não costumo pensar no que pode acontecer depois. Ainda há algumas etapas a serem cumpridas. Meu planejamento para a Copa é o primeiro jogo e o foco é esse”, completou.
O árbitro atuou na final Mundial Interclubes, em dezembro, Bayern de Munique x Raja Casablanca, no Marrocos, quando teve a experiência de utilizar a tecnologia da linha do gol, a mesma que será aplicada na Copa do Mundo. “Foi uma experiência muito exitosa. Os relógios mostravam a palavra “gol” quando a bola passava a linha da trave. Tudo funcionou muito bem. Sou a favor dessa tecnologia como apoio ao árbitro. Mas ela tem que dar 100% de garantia ao árbitro”, declarou Meira Ricci, que não concorda com a utilização de vídeo para acabar com a dúvida em lances polêmicos nos jogos.
Do Blog do Torcedor