Fluminense vence o Flamengo e leva a Taça Guanabara

Liminares, torcida única, dirigentes… Falou-se muito pouco de bola ao longo da semana. O melhor, o que realmente importa, ficou para domingo: o futebol. Em clima de paz entre as torcidas no Nilton Santos e com um primeiro tempo eletrizante, o Fluminense levou a melhor sobre o Flamengo e conquistou a Taça Guanabara nos pênaltis (4 a 2). No tempo normal, empate por 3 a 3. Wellington Silva, Henrique Dourado e Lucas marcaram os gols do Tricolor, enquanto William Arão, Everton e Guerrero descontaram para o Rubro-Negro. Marcos Júnior cobrou o pênalti que assegurou o caneco.

Houve quem quisesse privar as torcidas de assistir ao Fla-Flu. Seria um pecado. O jogo no Nilton Santos foi digno de casa cheia – 25.451 pagantes e 27.549 presentes. Em tempos conturbados, em que torcidas e dirigentes não se entendem, venceu o futebol carioca. O Fluminense, além do título, comemora uma vaga antecipada nas semifinais do Campeonato Carioca. Ao Flamengo resta pensar na Taça Rio e, especialmente, na Libertadores. O Rubro-Negro estreia na competição na quarta, contra o San Lorenzo, no Maracanã.

Calculadora em mãos? Vamos ao primeiro tempo. O Fluminense saiu na frente. Aos quatro minutos, Wellington Silva puxou contra-ataque após chute de Trauco, arrancou do campo de defesa (correu 74 metros), passou como quis por Pará e bateu na saída de Muralha: 1 a 0. A vantagem tricolor, no entanto, durou pouco. Logo depois, Mancuello levantou, Guerrero ganhou de cabeça do goleiro Julio César, Rafael Vaz escorou, e Arão empatou. Isso tudo com oito minutos de jogo. E teve tempo para muito mais. O Rubro-Negro virou com Everton, que aproveitou rebote de Julio César após cabeçada de Guerrero. Mesmo em vantagem, o Flamengo tinha mais a bola, mas deixava a defesa exposta. E pagou caro por isso. Aos 31, Guerrero colocou a mão na bola. Pênalti, que Henrique Dourado cobrou para empatar. Aos 40, o Tricolor aproveitou mais uma vez o buraco na defesa rubro-negra e virou com Lucas. Jogaço no Nilton Santos!

Geralmente, quando um primeiro tempo é elétrico, a segunda etapa deixa um pouco a desejar. E foi o que aconteceu no Nilton Santos. O ritmo do jogo caiu. Melhor para o Fluminense, que jogou com a vantagem e, com toque de bola e muita marcação, dominou o meio de campo. Richarlison e Wellington eram perigosos nos contra-ataques. Do outro lado, com Diego apagado, Zé Ricardo ousou e trocou Mancuello, Arão e Trauco por Gabriel, Berrío e Vizeu. Com cinco atacantes, mais na vontade do que na organização, o Flamengo melhorou, passou a incomodar e levou perigo em finalizações de Berrío, Diego e Vizeu. O empate, que estava amadurecendo, veio em bela cobrança de falta de Guerrero, aos 39 minutos. Tudo igual e disputa por pênaltis.

O título foi decidido nas cobranças de pênaltis. Aí pesou a eficiência do Fluminense, que teve 100% em quatro cobranças: Lucas, Henrique, Marquinho marcaram. o Flamengo também abriu bem as cobranças com Diego e Guerrero. No entanto, Rever e Rafael Vaz perderam, Marcos Júnior acertou a quarta e deu o título ao Tricolor (4 a 2).

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