Gol, expulsão de rival e quase um golaço: Wendel só não fez chover
Uma das surpresas do técnico Eduardo Baptista para este domingo, contra o Náutico, o volanteWendel mostrou ao treinador que ele não poderia ter feito escolha melhor. Enquanto esteve em campo – durante 60 minutos -, foi o cara na Arena Pernambuco. Chamou a responsabilidade no momento de conduzir a equipe quando tinha um a menos, fez o primeiro gol da vitória por 2 a 0, usou a experiência para expulsar um adversário e, por muito pouco, não fechou a atuação com um golaço “do meio da rua”.
Wendel foi titular no Sport durante boa parte da temporada passada. Este ano, essa foi a quarta partida que iniciou entre os 11 – em todas, vale ressaltar, foi lançado o time B ou um misto do Sport. O volante tem sido reserva de Rithely e Rodrigo Mancha, mas nos últimos confrontos agradou o técnico Eduardo Baptista quando esteve em campo. Diante do Socorrense, marcou um gol e, contra o Sampaio Corrêa, mudou a história do jogo, de acordo com o treinador.
– Eu estou muito satisfeito de ter ficado nesse elenco. Não leio muita coisa que a imprensa fala, mas vejo algumas e, quando renovei, vi algumas pessoas criticando. Até concordo com algumas, mas desde o começo do ano quero mostrar a essas pessoas que podia ter ficado – disse o volante.
Wendel marcou neste domingo o segundo gol com a camisa do Sport. E vai voltando a ter uma fase de artilheiro, vivida num passado recente quando atuou no Bordeaux, da França.
– Fico feliz de poder fazer os gols. Já são dois em pouco mais de dois meses. Para quem ficou mais de dois anos de jejum é bom. Agora voltar a fazer o que fiz na França com 43 gols é complicado.
Apesar do gol, o lance que mais chamou atenção na atuação de Wendel ocorreu no momento da expulsão do garoto Guilherme, do Náutico. Na jogada, o volante avançava em direção da meta e esperou o choque para que o adversário fosse expulso e o número de atletas fosse igualado – Joelinton já havia sido retirado da partida, aos 30 do primeiro tempo.
– Aquele lance é o mal do brasileiro. Eu sou brasileiro e confesso que fiz aquilo. Não é correto, mas assumo. Pelas circunstâncias do jogo, troquei o gol pela expulsão dele, porque a gente já estava com um a menos. A experiência permite você a fazer isso.