Grupo jihadista reivindica ataque a ônibus de turistas no Sinai
Ataque ocorreu neste domingo (16) na cidade de Taba e deixou 3 mortos.
Outras 13 das 40 pessoas que estavam no ônibus ficaram feridas.
O grupo jihadista Ansar Beit al Maqdis (Seguidores da Casa de Jerusalém) reivindicou o “ataque” contra um ônibus de turistas ocorrido neste domingo (16) na cidade de Taba, no sul da Península do Sinai, perto da fronteira do Egito com Israel, e que deixou três mortos.
“Como prometemos, graças a Deus e a nossos ‘mujahedins’, explodimos o ônibus em Taba e vamos continuar orientando nossos ataques a sua economia, seu turismo e o gás”, escreveu o grupo em seu perfil no Twitter, sem especificar a forma na qual o ataque foi realizado.
Esse grupo extremista, que adota a ideologia da rede terrorista Al Qaeda, é conhecido por atacar as forças de segurança egípcias com maior frequência nos últimos meses.
Em comunicado, o Ministério do Interior informou que três turistas sul-coreanos, assim como o motorista do ônibus, de nacionalidade egípcia, tinham morrido em uma explosão, cuja origem ainda não foi determinada, na parte dianteira do ônibus. O Ministério da Saúde reduziu depois em outra nota o número de mortos para três – dois turistas sul-coreanos e o motorista egípcio. Outras 13 das 40 pessoas que estavam no ônibus ficaram feridas.
A Ansar Beit al Maqdis reivindicou grandes atentados com carros-bomba e assassinatos seletivos contra membros de forças de segurança, como as quatro explosões ocorridas no Cairo em janeiro ou a derrubada de um helicóptero militar no mesmo mês no Sinai.
As autoridades egípcias vincularam em várias ocasiões a Ansar Beit al Maqdis com a Irmandade Muçulmana, mas não mostraram até o momento de forma indubitável laços operacionais entre os dois grupos.
Trata-se do primeiro ataque com essas características contra estrangeiros na turística Península do Sinai desde a derrubada do governo de Mohammed Mursi em julho do ano passado.
Desde então, o Sinai se transformou em um foco de instabilidade onde operam vários grupos extremistas que aumentaram suas ações contra o exército e a polícia.
Da EFE