Histórias de fé e graças se acumulam no Morro da Conceição, no Recife

Fiéis agradecem pedidos, subindo o morro de joelhos e carregando objetos.
Festa religiosa reúne um milhão de pessoas na Zona Norte da capital.

As histórias de fé, agradecimento e devoção são as que mais se encontram no Morro da Conceição, Zona Norte do Recife, durante todos os dias da festa para Nossa Senhora da Conceição. Neste domingo (08), porém, que é o dia consagrado à santa, elas aparecem em maior volume, visto que a data encerra a programação religiosa do evento. Estimativa é de que um milhão de pessoas estejam reunidas na festa religiosa, que acontece na Zona Norte da capital.

Maria Roseane Gomes dos Santos, 29 anos, sobe o morro para agradecer pela saúde da mãe, que teve dois infartos em abril deste ano e passou dez dias na UTI. A cirurgia que seria necessária para reparar o problema foi desmarcada depois que a filha consagrou a saúde da mãe à santa. Ela foi caminhando do bairro do Bongi até Casa Amarela, de sapato, e depois subiu o morro ajoelhada e descalça. “Minha mãe mora em Petrolina, é longe, mas ela é tudo pra mim. Sinto muita saudade”, lamenta.

A empregada doméstica Eliete Siqueira Lima, 56 anos, achou que ia perder o braço quando sofreu um acidente de moto cinco meses atrás, depois de pegar uma carona. “Entrei em depressão profunda. Graças a Deus a cirurgia deu certo, tenho placa e tudo aqui no braço. E hoje minha filha Maria da Conceição completa 30 anos”, conta ela. Recuperada, ela veio agradecer, trazendo um ex-voto de cera.

Crianças vestidas de anjo são comuns neste domingo de graças. João Lucca, de 5 anos, teve suspeita de um grave problema de saúde, um ano atrás. A avó fez uma promesssa e ele subiu o morro com roupa de anjo, junto com a mãe, a autônoma Sania Carolina, para agradecer o fato de não ter adoecido.

A engenheira Hannelore Silva também trouxe o filho para agradecer. “Miguel nasceu de 8 meses e foi para a UTI, mas eu o consagrei à santa na sala de parto e ele ficou bem, nunca mais teve problemas de saúde”, assegura ela.

Além da saúde, o agradecimento por outros tipos de pedidos alcançados também está presente entre os fiéis. A aposentada Josefa Catanho de Barros sobe o morro há 13 anos para agradecer pela casa que conseguiu comprar. “Foi muito difícil, mas já terminei de pagar”, conta.

Daniela Feitosa Montenegro e o marido, Carlos Gonçalves de Carvalho acenderam juntos uma caixa de velas para agradecer pela superação dos problemas. “No ano passado, a gente veio fazer o pedido, estávamos com dificuldades na família. Esse ano viemos agradecer”, conta ela.

Do G1

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