Homem que puxou cabelo de mulher havia usado cocaína: ‘Não matei’
Ele diz ter percebido que vítima não era a sequestradora da foto na internet.
Duas primas teriam impedido que ele continuasse agredindo Fabiane.
O terceiro homem preso suspeito de participar do linchamento da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, afirmou que havia usado cocaína no dia em que participou da agressão. Ela morreu nesta segunda-feira (5), após permanecer internada no Hospital Santo Amaro, em Guarujá, no litoral de São Paulo, depois de ser confundida com uma sequestradora de crianças após um boato divulgado em uma página no Facebook.
Inicialmente, em entrevista concedida a equipe do G1, o suspeito, identificado como Carlos Alex Oliveira de Jesus, de 23 anos, dizia ser inocente. “Eu levantei a cabeça dela, vi que não era a pessoa da foto, mas não podia fazer nada porque a comunidade estava muito revoltada. Não deu tempo de fazer nada. Até porque ela tinha dito que era ela mesmo que tinha sequestrado e matado as crianças”, afirma.
Posteriormente, ele afirmou que havia feito uso de entorpecentes no dia em que agrediu a dona de casa, mas afirma que não foi responsável pela morte de Fabiane. “Duas primas me seguraram, eu não a matei. Eu acredito que ninguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa. Eu tinha usado cocaína naquele dia, fui lá por causa dos efeitos da droga, mas não a matei”, diz.
O delegado responsável pelo caso, Luiz Ricardo Lara, nega a versão do suspeito, que foi preso no município de Peruíbe, onde teria ido para prestar serviço a um familiar, depois de passar por Itanhaém. “Essa versão não condiz com a realidade.
Estamos esclarecendo o caso graças à ajuda de denúncias que temos recebido diariamente e de testemunhas da comunidade de Morrinhos, que também estão sendo fundamentais para averiguarmos todas as diligências do caso”, afirma.
As investigações do caso continuam e outras prisões devem ser feitas em breve. “Além dos três detidos, mais dois mandados de prisão já foram expedidos pela justiça. Estamos atrás desses suspeitos, que também são da comunidade, assim como os outros, mas ainda estão foragidos”, conclui o delegado.