“Irei até a última instância”, disse Igor Mariano sobre liminar que suspendeu aumento dos subsídios
Por André Luis
No Debate das Dez da Pajeú desta terça-feira (02.05), os vereadores de Afogados da Ingazeira, Augusto Martins, José Edson Ferreira (Zé Negão), Rubinho do São João e o presidente da Câmara Legislativa Igor Mariano, fizeram uma avaliação dos quatro primeiros meses da nova gestão. Também falaram sobre o porquê são contra as reformas propostas pelo governo de Michel Temer, sobre as ações que cancelaram os aumentos tanto do legislativo como do executivo municipal, sobre a falta de resposta do executivo aos requerimentos dos vereadores e responderam a questionamentos dos ouvintes.
Em suma falando sobre os quatro primeiros meses da nova legislatura, os quatro fizeram uma avaliação positiva. O presidente da casa Igor Mariano, se mostrou satisfeito com o aumento da participação popular nas sessões e com o número de requerimentos.
“Várias comunidades já estiveram presentes em sessões reivindicando obras estruturadoras como: calçamentos e saneamento… a gente também tem tido uma participação dos movimentos sociais debatendo as questões da reforma da Previdência e da reforma trabalhista. Durante o ano inteiro de 2016 a gente teve 196 requerimentos e esse ano já vamos passando dos 160”, comemorou Igor.
Rubinho do São João disse que a Câmara têm se posicionado diante aos conflitos que a sociedade tem enfrentado, mostrando a sua posição sem omissão e citou como exemplo a posição contrária as reformas da Previdência e trabalhista. “A Câmara, por exemplo, na sexta-feira dia 28 aderiu à greve geral, não realizou sessão, os gabinetes ficaram fechados, então eu tenho avaliado esse trabalho de forma positiva”, disse Rubinho.
Já Augusto Martins que segue no seu quinto mandato, parabenizou a forma como os novos vereadores tem se comprometido, buscando sempre conversar e tirar dúvidas com os mais velhos de Casa, como no seu caso. “Fiquei muito feliz, três dos novos vereadores nos procuraram chamando para estudar os projetos propostos pelo executivo”, disse Augusto que também falou que o seu mandato é de continuidade e que está sempre tentando fazer o seu melhor.
O vereador Zé Negão, disse que cada mandato é diferente do outro e que neste os vereadores estão tendo que se adequar a crise política que vive o país e que tem que haver uma cobrança por parte das Câmaras Legislativas de todo o país aos deputados federais e senadores, para que não votem em projetos que prejudiquem o povo.
“Deve haver uma grande movimentação de todas as Câmaras Legislativas do país para que cada vereador cobre do deputado votado por eles, para que ele represente os trabalhadores”, disse Zé, que também avaliou o início da gestão como positiva.
Falando sobre a Liminar que suspendeu os aumentos dos subsídios dos vereadores, Igor disse que recorreu e que a assessoria jurídica da Câmara deu entrada no recurso no dia de hoje. “Entramos com um pedido de suspensão da Liminar. O pedido inicial da Liminar é inexistente visto que eles pedem como principal argumento que os vereadores devolvam o que receberam através dos novos subsídios, inclusive o juiz pede que os vereadores enviem os contracheques de janeiro para fazer uma avaliação, e enviamos o de janeiro, fevereiro e março, comprovando que até agora os vereadores não receberam nenhum reajuste, os subsídios continuam os mesmos que foram votados na legislatura de 2012”, disse Igor.
Igor também reiterou o compromisso firmado publicamente com a diocese de Afogados da Ingazeira no momento da discussão com o Fiscaliza Afogados. “A maioria assumiu um compromisso público com a própria diocese no momento da discussão com o Fiscaliza Afogados, de que a agente só iria efetivar gradativamente esse reajuste dos subsídios, caso houvesse uma folga financeira nas contas da Câmara e do município e mesmo que houvesse essa folga, nos primeiros seis meses a gente não iria fazer nenhum tipo de reajuste”, afirmou Igor.
Igor disse ainda que irá até a última instancia para tentar derrubar a liminar: “quero dizer aqui em público que vou até a última instância, preciso manter e vou manter o nome da instituição da Câmara dos Vereadores zelado e bem cuidado e tenho certeza que a Câmara não agiu em nenhum momento de má fé. Não tenho medo de nenhum tipo de retaliação porque tenho certeza que quando a gente assume às vezes a liderança, a presidência da Câmara, a gente precisa enfrentar alguns desgastes, mas esse eu não tenho medo de enfrentar, porque sei que todos os vereadores que votaram, o fizeram seguindo uma orientação tanto do nosso regimento interno como da Lei Orgânica do município”, disse Igor.
Ouça abaixo na íntegra como foi o debate de hoje: