JEC acaba com seca e mantém sonho ao bater o Coritiba, que entra no Z-4
Uma cobrança de penalidade máxima precisa, uma cabeça forte e frontal e uma bola que aparece e recebe o toque justo foram essenciais para o 3 a 1. Mas os lances dos gols da vitória sobre o Coritiba valem mais aos mandantes do jogo desta quarta-feira e a maioria dos 7.416 torcedores que estiveram na Arena Joinville. O triunfo acaba com seca tricolor de nove jogos sem vencer, mas sobretudo renova esperança para que seja o começo do que tem cara de impossível neste Campeonato Brasileiro, a permanência na primeira divisão nacional.
O Joinville não sai da lanterna do Brasileirão, mas empata nos 27 pontos que tem o Vasco. O Coxa decai uma posição e é o bastante para voltar a figurar na zona de rebaixamento, com seus 33. Não por falta de chance de somar em Santa Catarina.
Os visitantes poderiam abrir o placar, não fosse a defesa de Agenor em penalidade máxima sofrida e batida por Kleber – Henrique Almeida conseguiu furar o goleiro em outra cobrança, nas etapa final. Na marca da cal, o experiente Marcelinho Paraíba foi melhor e botou o JEC na frente. No segundo tempo, o zagueiro Rafael Donato surgiu entre os defensores para testar para o fundo das redes e Kadu fez o mesmo, mas por baixo, para decretar o terceiro do 3 a 0.
O JEC vai continuar na Arena Joinville para a próxima rodada. Às 21h de sábado, recebe o Figueriense pela 31ª rodada. Já o Coritiba vai fazer seu último jogo do horário das 11h de domingo ao enfrentar a Ponte Preta, outra vez fora de casa, no Moisés Lucarelli.
Com posse, vontade e finalização, o Joinville se lançou ao ataque no começo da partida. Porém, o volume foi até o 20º minuto de partida, com o Coritiba gradativamente adiantado até o equilíbrio prevalecer. Igualdade também nas penalidades máximas concedidas pela arbitragem. Edson Ratinho derrubou Kleber dentro da área. O próprio Gladiador bateu, mas o goleiro Agenor defendeu. Nem cinco minutos depois, foi a vez do Joinville ter a bola na marca da cal, depois que Marcelo de Lima Henrique viu pênalti na falta de Walison Maia em Kempes. Mais que a chance de abrir o placar, era a primeira penalidade em favor do JEC no Campeonato Brasileiro. Marcelinho Paraíba fez bom uso dela e botou o time da casa na frente.
O Coxa ainda terminou a etapa inicial com arremates que levaram perigo. Tentou seguir na mesma batida desde o começo do segundo tempo e incomodava muito pelo lado esquerdo. O Joinville sentia dificuldade, mas tirou um coelho da cartola, outra vez com a pitada de precisão do experiente meia. Paraíba bateu a falta perto do escanteio no miolo da área para Rafael Donato surgir e fuzilar. Não restava outra alternativa ao Coritiba diferente de se lançar ao ataque. Começou com a entrada de Thiago Galhardo na vaga do volante João Paulo, e de Ruy no posto de Negueba para tentar ganhar pelo meio de campo.
Mas quem aproveitou foi o Joinville. Em uma estocada repleta de jogadores no campo de ataque, apareceu o volante Kadu na pequena área para empurrar a bola para o fundo das redes e os corações tricolores de esperança de que o que parece impossível pode virar palpável e real. Ainda deu tempo para o Coritiba descontar em um segundo pênalti, desta vez cobrado por Henrique Almeida – e que Agenor chegou a defender antes da arbitragem ordenar a repetição.