Jogadores do Náutico detonam gestão Paulo Wanderley e ameaçam greve
A quinta-feira no Náutico parecia ser mais um dia de trabalho normal, com treinos e entrevistas dos jogadores. Só parecia, porque além do treino que demorou 35 minutos para começar, algo anormal no clube, os jogadores surpreenderam a todos quando entraram juntos na sala de entrevistas para informarem que estariam dispostos até a fazer uma greve no clube, caso os problemas internos com o grupo – como direitos de imagem atrasados – não fossem resolvidos.
Liderados pelo volante Martinez, o grupo fez duras criticas a diretoria do Náutico e detonou a gestão de Paulo Wanderley, mas tratou de livrar o diretor e candidato a presidência do clube, Alexandre Homem de Melo. “Essa semana aconteceu uma coisa que foi a gota d’água qui no clube. Pagaram metade do grupo e a outra metade ficou sem receber. Aqui os salários estão atrasados, e os jogadores que estão lesionados não estão recebendo, então decidimos dar um prazo a diretoria até amanha para regularizar a nossa situação. Como é que o o Paulo Wanderley fala que essa é a melhor gestão no Náutico se ele não paga os atletas?”, desabafou o capitão. Outro questionamento do grupo diz respeito a um suposto não recebimento de salários por parte dos jogadores lesionados
O ano alvirrubro foi desastroso. Desde a eliminação no estadual, passando pelo vexame na Copa do Brasil, quando foi eliminado pelo Crac-GO, time da quarta divisão nacional, até a péssima campanha que vem fazendo no Campeonato Brasileiro da Série A. Tudo isso tem uma explicação segundo o capitão Martinez.
“Todos sabem sobre tudo o que o time sofreu neste ano, muitas coisas ruins aconteceram e o grupo jamais deixou transparecer o que acontece no Náutico. Geralmente quando o time perde a culpa é só dos jogadores e quando ganha todos recebem elogios.” afirmou.
Martinez até tentou não citar nomes como exemplo da falta de comprometimento da diretoria para os atletas, mas não conseguiu resistir e deu exemplos de jogadores que estão sofrendo com as normas abusivas dos dirigentes Timbu.
“Muitos problemas aconteceram ao longo do ano, como o Josa e o Alemão que foram afastados e ficaram sem receber. O Bruno Collaço também passou por isso. Nós jogadores temos contas para pagar. Algumas coisas não aconteceram dentro de campo, fruto da turbulência provocada pela diretoria”.
Por Matheus Albino, com informações de Rômulo Alcoforado
Do Blog do Torcedor