Maria da Penha busca parceiros para dar continuidade a Instituto
Encontro será realizado nesta quinta, no Recife, com o objetivo de agregar mais voluntários para atuarem no acolhimento à mulher vítima de violência
ara continuar o combate e melhor assistir a mulher vítima de violência física ou sexual, o Instituto Maria da Penha realiza nesta quinta-feira (7), no espaço Rose Beltrão, em Apipucos, no Recife, um almoço com o objetivo de conquistar novos parceiros. A entidade conta com o apoio de profissionais de diversas áreas de atuação no acolhimento à mulher agredida. No entanto, diante de dados ainda alarmantes, é necessário agregar mais voluntários ao instituto.
Fundado em 2009 em Recife e Fortaleza, o instituto é presidido por Maria da Penha Maia Fernandes, vítima de um atentado praticado pelo ex-marido que a deixou paraplégica, há 30 anos. O órgão tem como missão “monitorar as ações do Poder Público na prestação de serviço à mulher vítima de violência doméstica a fim de garantir o cumprimento da Lei 11340/06 (Lei Maria da Penha).” E realiza projetos de proteção social à mulher através do desenvolvimento sustentável, educação, trabalho e geração de renda.
Dados do 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam que foram registrados mais de 50 mil casos de estupro em 2012. Isso reforça o interesse da entidade em conquistar novos voluntários, como assistentes sociais, advogados, enfermeiros, médicos e psicólogos. “A importância dos parceiros é aumentar as pesquisas para enfrentar a violência doméstica nos mais variados ambientes sociais”, destaca Regina Célia, vice-presidente do Instituto.
Com presença mais ativa em Recife e Fortaleza, ainda não há previsão de estender o serviço da entidade para outros locais. “É necessário consolidar as atividades nessas duas cidades para, depois, expandir para as demais capitais. Além disso, precisamos de recurso”, disse Maria da Penha, reforçando que a adesão de voluntários é fundamental para o mantenimento do instituto.
A presidente ainda destaca a necessidade em haver profissionais integrados a esse tipo de atendimento. “A mulher ainda não tem confiança nos profissionais a que recorre quando é agredida, pois eles não sabem como agir diante da situação. Por isso, é necessário integrá-los de forma a melhor atendê-la”.
No Recife, o Instituto Maria da Penha tem parceria com o SENAC, atuando de forma a incluir na grade de determinados cursos disciplinas que tratam, por exemplo, sobre o direito da mulher. Além disso, conta com o Núcleo de Estudos de Gêneros, na Faculdade Guararapes, e o apoio do Estado, através da Secretaria da Mulher.
Do JC On line