Meio ambiente: desmatamento da Caatinga continua
Por André Luis
No dia 5 de junho comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. Data recomendada pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo, na Suécia.
Através do Decreto Federal 86.028, de 27 de maio de 1981, o governo brasileiro também estabeleceu que neste período em todo território nacional se promovesse a Semana Nacional do Meio Ambiente que tem por finalidade apoiar a participação da comunidade nacional na preservação do patrimônio natural do País.
No Debate das Dez desta quarta-feira (6), o professor Adelmo Santos, o Padre Luiz Marques Ferreira (Padre Luizinho) e Afonso Cavalcanti (Diaconia), trataram o tema e falaram sobre o momento da região do Pajeú em relação a preservação do seu principal ecossistema que é a Caatinga.
Em linhas gerais os três debatedores informaram que devido ações concretas do poder público do estado, que é quem é responsável pela fiscalização com relação as questões ambientais, tudo continua na mesma, isto é, o desmatamento da Caatinga continua.
Tanto Adelmo, como Afonso e Pe. Luizinho, afirmaram que acompanham o debate sobre a preservação do bioma Caatinga há cinco anos e que mesmo depois de feitos estudos e enviados documentos para o governo do Estado, nada concreto e efetivo foi feito.
“Continuamos com grande passivo ambiental, e estamos aí sempre reivindicando e lutando para que o estado tenha uma atuação, como deveria ter na questão da fiscalização dos problemas ambientais que temos aqui na região, sendo o principal deles o desmatamento, que continua sendo o carro-chefe da questão ambiental de nosso bioma”, disse Adelmo.
Padre Luizinho disse que tem a impressão de que o que se tinha para fazer, já foi feito, visto que o ano é de Copa do Mundo e eleições. “Os partidos estão preocupados em aglutinar forças”, disse e completou: “não podemos contar com mandatos eletivos pra gente continuar com o propósito de apontar os problemas e as demandas que se tem com relação ao meio ambiente e ao mesmo tempo fazermos propostas”.
Padre Luizinho criticou a falta de propostas em planos de governo de candidatos com as políticas concretas e efetivas relacionadas ao meio ambiente. “Tenho a impressão que os nossos governantes acham que isso é uma luta romântica, onde fica um grupo de pessoas que sonham com esse mundo diferente”, disse Luizinho.
Afonso criticou a passividade da população e deu como exemplo as propostas que foram entregues a candidatos a prefeito da região, durante as eleições de 2016, onde continham 45 propostas relacionadas ao meio ambiente, onde todos os candidatos assinaram se comprometendo com os temas, mas os conselhos do meio ambiente, mesmo tendo estas 45 propostas para trabalhar, não se movimentaram. Ouça a íntegra do debate: