Mesmo após ouro em Santiago, Yane Marques assegura: ‘Não me sinto uma estrela’
“Quem vive de passado é museu”. A frase de Yane Marques poucos minutos após a conquista da medalha de ouro no pentatlo moderno dos Jogos Sul-Americanos de Santiago, no Chile, no sábado, poderia sugerir até uma certa arrogância. Isso para quem não conhece a pernambucana de Afogados da Ingazeira. Com a mesma simplicidade e simpatia de sempre, a atleta de 30 anos só tentou mostrar que apesar do sucesso nas últimas duas temporadas, quando conquistou o bronze nas Olimpíadas de Londres, em 2012, e a prata no Mundial de Kaohsiung, no Taiwan, em 2013, não se agarra ao favoritismo e tampouco se sente uma estrela na delegação brasileira de 481 atletas que representará o país na principal competição da América do Sul até dia 18 de março. Embora reconheça que sua conquista tenha trazido algumas mudanças na sua vida, Yane sabe que ainda tem muito trabalho pela frente e segue com os pés no chão. Tanto que, mesmo após dois anos de seu maior feito, a nova campeã sul-americana da modalidade reconhece que a ficha ainda não caiu. Não que a pernambucana tenha ficado surpresa com seu desempenho, mas pela dimensão da conquista num esporte sem qualquer tradição no país do futebol.