MPPE ingressa ação de improbidade contra 10 vereadores de Caruaru

Ministério Público protocola ação civil pública contra legisladores acusados de cobrar propina à prefeitura. Segundo promotores, há provas suficientes. Investigação continua

CARUARU – O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) entrou com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra os dez vereadores que estão sendo acusados de cobrar propina para aprovar projetos da Prefeitura de Caruaru. De acordo com os promotores Maviael de Souza e Bianca Stela, depois da ouvida dos parlamentares foram encontrados indícios suficientes para ajuizar o pedido junto à Vara da Fazenda Pública.

“Agora, o juiz que ficar responsável pelo caso vai notificar e ouvir os acusados. Depois de todos os procedimentos, será dada a sentença”, explicou a promotora Bianca Stella. Segundo ela, a ação do MPPE foi protocolada na última sexta-feira (24).

De acordo com a representante do MPPE, paralelo a isso, as investigações do inquérito civil continuam sendo realizadas pela promotoria e outras pessoas serão convocadas para depor. “Vamos ouvir as denúncias e outros fatos levantados pelos vereadores que estão sendo acusados. Têm mais fatos a investigar”, assegurou.

A promotora Bianca Stella já havia adiantado que vai notificar o secretário de Relações Institucionais, Marco Casé, e seu adjunto, Davi Cardoso. Casé foi o principal interlocutor da prefeitura nas conversas que foram gravadas pela Polícia Civil durante a operação Ponto Final. Muitas das gravações e imagens foram feitas no escritório da Central de Abastecimento de Caruaru (Ceaca), onde ele é diretor. Já Davi Cardoso teve que prestar esclarecimentos na delegacia no dia 18 de dezembro, quando a operação foi desencadeada.

Estão sendo investigados os vereadores Evandro Silva (PMDB), Neto (PMN), Jajá (sem partido), Val das Rendeiras (PROS), Louro do Juá (DEM), Sivaldo Oliveira (PP), Cecílio Pedro (PTB), Val (DEM), Eduardo Cantarelli (PROS) e Pastor Jadiel (PROS).

Eles são acusados de concussão, corrupção passiva e de integrar organização criminosa.

De acordo com a polícia, esses vereadores formaram um grupo com o objetivo de cobrar R$ 2 milhões da prefeitura para aprovar o projeto de implantação do sistema de Bus Rapid Transit (BRT) em Caruaru, orçado em R$ 250 milhões.

Do JC Online

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