MTST organiza ato no dia 15 contra direita e pela taxação de grandes fortunas
Mote da mobilização que ocorrerá em São Paulo será “Contra a Direita por Mais Direitos” e pedirá reforma política e urbana, além de fazer oposição aos manifestantes de 15 de março.
Do IG São Paulo
A coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) organiza um ato para o dia 15 deste mês para pedir o fim do financiamento privado de campanha e a taxação de grandes fortunas, dentro de uma reforma política ampla. A concentração está marcada para às 17h no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo, e terá a presença de outros movimentos sociais.
Segundo Natália Szermeta, uma das coordenadoras do MTST, ainda não estão fechadas todas as entidades que participarão e nem um possível trajeto de manifestação. “Nosso mote será Contra a Direita por Mais Direitos. Teremos um posicionamento de oposição às manifestações do dia 15 de março. Em conversa com outros movimentos sociais, decidiremos o trajeto que faremos a partir do Largo da Batata. Nossa luta é por direitos, por igualdade.”
O movimento prepara também um documento de reivindicações ao governo federal, que tem protelado o lançamento da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida, previsto para o mês de março. O atraso impede novas contratações de obras pelo programa federal de habitação. O Ministério da Cidades nega que haja atraso na nova fase. Segundo a pasta, o lançamento será feito ainda neste ano, mas não há uma data definida.
“O ministério das Cidades tem postergado a nova fase. A cada encontro que nossos representantes têm com com eles para tratar da pauta, vemos isso”, afirma Natália.
Protagonista dos maiores protestos de rua realizados na capital paulista em 2014, o MTST tem demonstrado força para reunir militantes em um mesmo espaço e chamar a atenção das autoridades para suas demandas.
O movimento lidera uma série de atos contra o governo estadual, de Geraldo Alckmin. Em janeiro, o alvo da mobilização foi a crise hídrica na capital paulista, e o movimento questionou o fato de os cortes de água atingirem mais a periferia do que áreas nobres da cidade. Com cerca de oito mil pessoas fechando avenidas em uma marcha uniforme em direção ao Palácio dos Bandeirantes, sede do Poder Executivo, lideranças do grupo, como Guilherme Boulos, conseguiram chamar a atenção e agendar uma reunião com a Casa Civil.