Na Pajeú, secretário de Saúde fala sobre as denúncias no abrigo de animais e cobra mais engajamento de ativistas
“Que ativismo é esse?” Questionou em determinado momento, Artur Belarmino.
Por André Luis
No último domingo 28 de fevereiro, ativistas reclamaram da situação em que se encontravam cerca de dez cachorros no abrigo de animais de Afogados da Ingazeira, instalado no antigo Matadouro Público. Através de fotos, eles questionaram a sujeira do local, com comida espalhada pelo chão junto com fezes e urina, além de pouca de água. Veja foto abaixo:
Outro questionamento feito pelos ativistas é sobre a quantidade de animais no local, segundo eles há poucos animais, sugerindo que estaria havendo sacrifício ilegal dos mesmos.
Nesta terça-feira (01) o secretário de Saúde Artur Belarmino junto com dois funcionários da Vigilância Sanitária responsáveis pelo local, Edvaldo e Aline, participaram do Debate das Dez da Rádio Pajeú para falar sobre as denúncias e questionamentos.
Assim como na nota enviada mais cedo pela assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal, Artur reconheceu as dificuldades e se mostrou disposto a formalizar parcerias com a sociedade para enfrentar o problema.
Ele confirmou que a limpeza do local é diária e que as fotos foram tiradas antes desta ação, o que levou as denúncias. Artur também falou que assim como a limpeza, a alimentação também é ofertada diariamente aos animais que ali estão e se mostrou preocupado com as denúncias.
Artur se disse preocupado com as acusações de uma ativista de Serra Talhada que deu a entender que pela quantidade dos animais, estaria havendo extermínio ilegal e chateou-se com a palavra “maquiagem” usada pelo blog no Nill Júnior se referindo a limpeza que foi feita no local no dia das denúncias.
“Foi colocado que a gente esta maquiando o local, eu trabalho com verdade, nunca fui de fugir da responsabilidade e nem de trabalhar com mentira. É interessante que estas pessoas antes de fazer acusações, procurem as partes, pra poder saber o que será feito lá, a gente está funcionado com o abrigo há um ano e eu nunca recebi a visita de um ativista pra poder ajudar a gente na realização das ações diárias no local. Que tipo de ativismo é esse? A gente precisa de pessoas que possam ajudar a gente na luta diária, no início a gente tinha pessoas lá que até se propuseram a ajudar, mas depois deixaram, quando ela vem questionar outra situação em relação ao número de cães, dizendo que tem pouco cão lá e que ela insinua que a gente de fato está dando fins ilegais aos animais, isso é uma acusação séria e nós vamos acionar nosso departamento jurídico para que possam comprovar isso,” disse Artur.
Artur disse que o grande número de animais que são capturados, oferecem risco a sociedade, por estarem doentes, portando algum tipo de doença, como por exemplo a leishmaniose que é transmitida pelo animal.
O grande problema, segundo Artur é o número de profissionais disponíveis para trabalhar, são apenas dois, que se desdobram para dar conta de tudo, mas é humanamente impossível. Outra reclamação do secretário, é o fato de que segundo ele, a Secretaria nunca ter sido chamada para explicar o que estava acontecendo no local e que isso deveria ter sido feito antes das denúncias.
“A gente fica muito triste quando escuta várias acusações nesse teor, aonde criminaliza a gente, como se fossemos pessoas que fazem mal a sociedade”, lamentou Artur.
Artur também reclamou da falta de verbas para estar podendo realizar ações mais concretas e eficazes com relação ao assunto. “Essas ações são financiadas única e exclusivamente com o recursos do tesouro municipal, que já é pouco, a gente não tem linha de financiamento do Ministério da Saúde nem do Estado para que a gente possa melhorar ou então ampliar esse tipo de ação no nosso território”, reclamou.
Ouça na íntegra como foi o debate de hoje: