Nível de Sobradinho: Adutora tem queda de vazão e abastecimento já é afetado no Pajeú
A recente redução na qualidade da distribuição da água no Pajeú começa a ser explicada pela Compesa e só reforça o que já vinha sendo avisado há dias: o nível do Rio São Francisco já ameaça a captação em Sobradinho, fruto da queda no volume da Barragem e definição de redução no volume de repasse definido pela Chesf.
Em resumo, nos últimos trinta dias produção da Adutora caiu e com isso há mais dificuldade de captação na tomada de água em Sobradinho. “Precisamos interromper a retirada da água para limpeza da bomba esses dias. Ela tem entupido muito”, diz o Gerente Regional da Compesa em Afogados da Ingazeira, o engenheiro Sérgio Bruno.
Ele apresenta outro dado preocupante: o da redução da vazão na adutora de 110 para 70 litros por segundo. Essa conta não considera a futura partilha da água para as cidades em colapso no Alto Pajeú. Com previsão para novembro, o sistema Adutor começa a ser testada nos próximos dias. A previsão é de que haja volume ainda menor nas demais cidades.
“A luta era para os tubos chegarem em São José do Egito. Agora houve impasse entre Celpe e Dnocs para pôr energia nas elevatórias. A Compesa assumiu isso”, diz o promotor Lúcio Luiz de Almeida Neto. Segundo ele, os testes começam na elevatória em Tabira esta semana e em Riacho do Gado na semana seguinte.
Cidades como Serra Talhada, Afogados da Ingazeira e Tabira já relatam problemas na distribuição, com problemas principalmente nas chamadas partes altas. “Vamos normalizar esta semana”, diz Bruno.