Novos confrontos deixam mortos e feridos na capital da Ucrânia

Manifestantes antigoverno atacaram polícia na Praça da Independência.
Há ao menos 25 mortos, segundo AFP; na véspera, 26 morreram em Kiev.

Pelo menos 25 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em novos confrontos entre manifestantes antigoverno e a polícia nesta quinta-feira (20) em Kiev, capital da Ucrânia, segundo a France Presse.

Um fotógrafo da agências afirmou que balas reais estavam sendo usadas nos enfrentamentos.

Um pouco antes, centenas de manifestantes atacaram e provocaram o recuo de uma barreira policial na praça, segundo testemunhas.

Os funcionários da sede do governo ucraniano em Kiev deixaram o local na manhã desta quinta em consequência dos confrontos. “Todos os trabalhadores deixaram o local esta manhã. Recebemos uma ordem oficial”, disse uma funcionário, sem revelar detalhes.

ucrania_v2Troca de acusações
A Presidência da Ucrânia culpou os manifestantes por terem dado início à violência, com uso de atiradores, que resultaram em confrontos com a polícia.

Um comunicado do gabinete do presidente Viktor Yanukovich disse que “eles (os manifestantes) partiram para a ofensiva”.

“Eles estão agindo em grupos organizados. Eles estão usando armas de fogo, inclusive atiradores com rifles. Eles estão disparando para matar.”

A nota, publicada no site da presidência, diz ainda que o número de mortos e feridos entre policiais chega a “dezenas”.

Os líderes da oposição, po sua vez, consideraram os confrontos uma “provocação deliberada”, tendo em vista a trégua acertada na véspera.

Reunião
A reunião entre Yanukovich, e os ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha e Polônia estava acontecendo, afirmou uma fonte da presidência à AFP.

Havia dúvidas sobre a realização do encontro, por conta da situação da segurança no centro da capital ucraniana.

Ameaça de sanções
Na véspera, 26 pessoas morreram em confrontos, provocando uma reação internacional contra a repressão aos protestos e levando EUA e União Europeia a ameaçarem sanções contra autoridades envolvidas em possíveis abusos.

As manifestações contra o governo começaram em novembro de 2013, depois que o  Yanukovich cedeu à pressão da Rússia e desistiu de um tratado comercial com a União Europeia (UE), preferindo a ajuda financeira do Kremlin, principal aliado de Kiev.

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