O descarte irregular do lixo foi o tema do Debate das Dez na Pajeú desta segunda (5)
Por André Luis
No Debate das Dez da Rádio Pajeú FM 104,9 dessa segunda-feira (5), o vereador Augusto Martins e o professor Adelmo Santos, trataram sobre a problemática do descarte irregular do lixo, que além de poluir o meio ambiente causa grandes transtornos tanto para a zona urbana como rural de Afogados da Ingazeira e região.
Prática comum de algumas pessoas que costumam descartar lixo em terrenos baldios da cidade, e uma outra pior que é colocar fogo no lixo, também foram discutidas, além do Plano de Tratamento de Resíduos Sólidos, que abrange a construção de aterros sanitários, extinção dos lixões e coleta seletiva do lixo.
Participaram ainda do debate por telefone, Assis da Secretaria de Obras e Infraestrutura de Afogados da Ingazeira e o promotor Aurenilton Leão, que inclusive destacou a importância de ações coletivas das prefeituras da região para colocar em prática o Plano de Tratamento de Resíduos Sólidos. Ouça abaixo a íntegra do debate:
Segundo Aurenilton, o Cimpajeú já havia feito um grande projeto articulando trinta e três municípios pra fazer alguns aterros e tendo toda uma articulação para a coleta seletiva de lixo e desenvolvimento de projetos com ações individuais, coletivas e consorciadas, no entanto o boicote ao Consórcio por parte de alguns prefeitos, fez com que o projeto além de atrasar ficasse defasado.
Aurenilton chamou a atenção para o fato de que os prefeitos que saíram do consórcio, não apresentaram projetos para o problema. “No entanto esses mesmos prefeitos que saíram do Cimpajeú não apresentaram soluções efetivas para o que farão em relação a esses resíduos, inclusive a erradicação dos lixões, lembrando que o prazo para isso já passou há muito tempo, já deveríamos ter erradicado todos os lixões”, destacou Aurenilton.
O promotor lembrou que se trata de um debate muito amplo e importante e que o Ministério Público tem encontrado algumas barreiras para implementar o Plano de Tratamento de Resíduos Sólidos. “Temos encontrado uma série de barreiras, algumas culturais, outras políticas e outras de déficit de infraestrutura”, informou Aurenilton.
O promotor informou ainda que a principal reclamação dos prefeitos é com relação a falta de recursos, mas lembrou que o conjunto de ações e medidas previstas na política nacional de resíduos sólidos, muitas não dependem de recursos e sim de boa vontade e de articulações entre secretarias, “porque já existem as infraestruturas montadas, e já fazem serviços. Por exemplo, ações de formação e de educação ambiental, elas dependem basicamente da articulação das secretarias de Saúde, Agricultura e Meio Ambiente”, lembrou Aurenilton
Aurenilton alertou para a complexidade do problema, pelo fato de não bastar apenas fechar os lixões, tem que haver um local para onde as prefeituras iriam demandar os resíduos e que para muitos municípios se torna inviável ter um aterro sanitário individual.