Operação Abismo: Pastor é preso após se apresentar à PF
O pastor foi indiciado por pelo menos três crimes
Da Editoria de Política/JC Online
Após ter desencadeado a segunda fase da Operação Abismo, mais um suspeito foi preso pela Polícia Federal e levado ao Cotel, na manhã desta segunda-feira (05). O alvo, que estava sendo considerado foragido há 15 dias, é o pastor e advogado Daniel Lucas, de 52 anos. A operação investiga as fraudes no Instituto de Previdências dos Servidores no município do Cabo de Santo Agostinho (Caboprev), na Região Metropolitana do Recife (RMR).
Segundo a nota emitida pela PF, o suspeito não estava em casa no momento do cumprimento do mandado de prisão expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
Ainda de acordo com o documento, o pastor foi indiciado pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e exercício irregular da profissão em mercado de capitais e investimentos. Os crimes preveem penas de 5 a 20 anos de reclusão em caso de condenação.
A operação
A Polícia Federal desencadeou a primeira fase da ‘Abismo’ na manhã do último dia 19 de outubro, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes no Instituto de Previdência dos Servidores nos municípios do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, Salgueiro e Vitória.
De acordo com as informações, as investigações da Operação Abismo, que ainda estão sob sigilo, foram iniciadas no mês de março deste ano após a descoberta da transferência de R$ 90 milhões do Instituto para fundos de investimento sem lastro e com grande probabilidade de inadimplência futura. Essa transferência colocou em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores.
O número de presos chegou a 23 dentro da ‘Abismo’. Entre eles, o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, foi um dos alvos da ação contra fraudes no instituto previdenciário preso também no último dia 19.
Estados
A Operação também foi realizada nos estados de São Paulo, com 16 mandados, Rio de Janeiro, 17 mandados, Santa Catarina, 3 mandados, Goiás, dois mandados, Distrito Federal e Paraíba, cada um com apenas um mandado.