Para passageiros do Recife, rede wi-fi de paradas de ônibus é ‘estável’
Poucos passageiros do Recife estão sabendo da presença de rede gratuita 24 horas para acessar a internet em paradas de ônibus da cidade. Neste sábado (25), o G1 fez o teste de velocidade e estabilidade pelo celular nas dez paradas que recebem o serviço e constatou que seis delas têm sinal considerado estável para acessar a aplicativos como redes sociais ou o Cittabus, desenvolvido para saber em quanto tempo o ônibus chega à parada. A rede wi-fi gratuita leva o nome “Cittabus” e não precisa de senha.
Apesar de o sinal ser reconhecido como “excelente” pelo celular em nove paradas, somente em seis delas — Parque Amorim e Hospital Português, na Avenida Agamenon Magalhães; Colégio Damas, na Avenida Rui Barbosa; lanchonete Burger King, na Dezessete de Agosto; Clube Português, na Rua Bandeira Filho; e Agência do Trabalho, na Rua da Aurora — foi possível manter o sinal de internet conectado por tempo suficiente para utilizar aplicativos básicos do celular. A velocidade nesses pontos também foi considerada boa, pois não demorava para receber mensagens dos aplicativos.
Em todas elas, há o aviso de internet gratuita.
Na parada do Hospital Santa Joana, na Rua Joaquim Nabuco, área central da cidade, a internet tem sinal, mas a velocidade é lenta. O técnico em informática Marcos Alexandre esperava o ônibus e precisou usar a internet 3G da operadora do celular para consultar o horário em que o coletivo chegaria. “Sempre pego ônibus por aqui, e tentei conectar meu aparelho na internet. O sinal aparece como se estivesse bom, mas fica muito lento”, aponta.
A situação foi parecida nas paradas do Largo da Paz, da Rosa e Silva, próxima ao Hospital Ulisses Pernambucano, e da Avenida Agamenon Magalhães, ao lado da sede da Embratel. Os estudantes Juliana Alves e Enderson Berg não sabiam que o serviço estava disponível na parada do Largo da Paz. Ao fazer login em redes sociais, eles receberam uma mensagem de “falha no envio de dados”. “É a primeira vez que faço o teste, mas não conseguiu carregar.
Geralmente só uso wi-fi e o tempo de espera [para carregar a página] estaria normal se não tivesse dado erro”, disse a estudante. Em dois celulares testados na Rosa e Silva, a rede conectava, mas logo em seguida o sinal caía.
Na parada em frente ao Hospital Português, na Agamenon Magalhães, os passageiros têm medo de usar o celular para consultar a internet. “Não estava sabendo que tinha internet, mas mesmo agora que sei não vou usar, porque tenho medo de ser assaltada. Levaram o meu [celular] semana passada. Na internet você fica distraída, é muito fácil te roubarem, pela exposição”, diz a funcionária pública Cibelli Lima. Na terceira parada da Agamenon Magalhães, ao lado da Embratel, o sinal também foi considerado fraco pelos passageiros.