Para Renata, dia seguinte ao enterro de Eduardo Campos seria de festa
Viúva do presidenciável faz 47 anos nesta segunda-feira (18); discreta, economista dizia ter nascido para ser mãe
O dia seguinte ao enterro de Eduardo Campos seria de festa para Renata, que completa, nesta segunda-feira (18), 47 anos – os dois foram um casal durante mais de 34 destes.
“Ele foi o primeiro namorado dela e ela, a primeira namorada dele”, conta ao iG Marcos Arraes, tio de Campos e padrinho do casamento dos dois.
Filha do médico Cyro de Andrade Lima e de Rejane de Andrade Lima, Renata estudou economia e entrou, via concurso, para o Tribunal de Contas de Pernambuco. Quando Campos assumiu o governo, em 2007, afastou-se do cargo, e aproveitou a condição de de primeira-dama – inclusive os holofotes que o guarda-roupa do cargo ganham – para promover a cultura local.
Normalmente vista trajando acessórios regionais, Renata teve papel ativo na formulação do Programa Artesanato de Pernambuco (Pape) e na criação da Fenearte, considerada a maior feira de artesanato da América Latina pelo governo do Estado.
Vocacionada à maternidade
Renata acompanhou o marido sempre que pôde: esteve presente em praticamente todos os eventos públicos do qual Campos participou enquanto governador e candidato. Nunca, porém, desgrudou-se dos filhos. Se nesta eleição ela aparece com Miguel, nascido em janeiro, na campanha de 2006 ela seguia o marido pelo interior de Pernambuco amamentando José, que deu à luz dois anos antes.
“Nunca você vai ver uma foto dela com o caçula e uma babá junto. Ela nunca teve babá. Sempre cuidou ela mesma das crianças, sempre”, diz Arraes, o padrinho do casal.”É ela que vai trocar fralda, dar banho.”
Interlocutores que viajaram com o casal nos últimos meses dizem que a primeira impressão que se tem de Renata é de uma mulher vocacionada para a maternidade. Sempre em contato com os quatro filhos mais velhos, não desgruda do mais novo, Miguel, portador de síndrome de Down.
Miguelzinho, como é tratado por Renata, parece uma extensão de seu corpo. Na viagem de segunda-feira (11) para o Rio de Janeiro – a última que fez com o marido –, ela dizia que o bebê era mesmo como parte de si. Em uma conversa descontraída com Campos, Marina e alguns membros da campanha, ela foi categórica ao dizer que nasceu para ser mãe e que lhe dava uma certa tristeza saber que Miguelzinho seria seu último filho. Leia Matéria na íntegra.
Do Último Segundo / IG Notícias