Pelo menos 3 meninas foram vítimas de pedofilia em escola, aponta PF
Investigação acontece em escola privada de Pesqueira, no interior de PE.
Mãe fez denúncia e Facebook deu acesso a informações dos perfis.
A Policia Federal de Pernambuco divulgou, nesta quinta-feira (1º), detalhes da prisão em flagrante do funcionário de uma escola de Pesqueira, no Agreste do estado, suspeito de pedofilia contra alunas de 8 a 10 anos da instituição. O homem tem 29 anos e atuava como professor de informática. Ele usava perfis falsos no Facebook para se aproximar das meninas, que acabavam por mostrar partes íntimas através de webcams. Pelo menos três estudantes foram vítimas do suspeito. O caso aconteceu em uma escola particular de ensino religioso do município, onde ele era o único professor homem.
A investigação foi desencadeada a partir da denúncia da mãe de uma das estudantes e a PF analisou as conversas entre os perfis e essa menina, para chegar até o professor. O suspeito mantinha pelo menos duas páginas falsas no Facebook, nas quais usava os nomes “Ana Laura” e “Camila Ágata” para se passar por novas estudantes que ainda iam chegar ao colégio. Ele mostrava imagens pornográficas de crianças e pedia para as meninas fazerem o mesmo, usando os computadores da escola, de casa e da residência de uma prima.
As crianças que se recusavam a mostrar partes íntimas ou a falar com os perfis falsos eram ameaçadas, também a mando do professor, por outras colegas que já tinham sido vítimas dele. Até o momento, duas mães prestaram depoimento, mas ainda não se sabe a quantidade total de vítimas do pedófilo.
Foram apreendidos quatro discos rígidos, um notebook, um pendrive, CDs e um celular, além de vídeos e imagens de pornografia infantil. De acordo com a assessoria da Polícia Federal, o registro das conversas foi fornecido pela mãe de uma das crianças e as informações do perfil do suspeito foram disponibilizadas pela rede social, após a corporação entrar em contato com representantes da página no Brasil.
O homem foi levado para a Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, onde ficará à disposição da Justiça. Os nomes da escola e do professor não podem ser divulgados, por determinação judicial.