Pernambuco investe em tecnologia para melhoria dos sistemas de abastecimento de água
No próximo ano, 750 unidades serão automatizadas no Estado; Compesa conta com um programa inédito dentre as companhias do país, que prevê o investimento de R$ 210 milhões em automação até 2020
Bastante difundida em diversos setores da indústria, a automação ainda é um recurso pouco presente no saneamento brasileiro. Mas não em Pernambuco. Até o final de 2018, o Governo Paulo Câmara fará com que a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) tenha 60% de suas unidades operacionais de água automatizadas. O Programa de Automação (PROAUT) está inserido no planejamento estratégico da empresa e já possibilitou a automação de 450 unidades, como Estações Elevatórias (bombeamento), Estação de Tratamento de Água, captações (em rios e barragens), reservatórios e poços. E está em andamento o processo de automação de outras 300 unidades, somente na Região Metropolitana do Recife e no município de Goiana, na Zona da Mata Norte, no qual o investimento é de R$ 30 milhões. Os recursos são viabilizados pelo Governo Paulo Câmara, por meio de financiamentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e CAIXA.
Hoje, a Compesa é uma das quatro companhias do país que mais avançou na aplicação de recursos de automação em sistemas de abastecimento de água. O PROAUT é uma iniciativa inédita na área do saneamento do Brasil e prevê investimentos em automação no valor de R$ 210 milhões com a execução de 37 projetos até o ano 2020, dentre os quais R$ 90 milhões já foram investidos. “Trata-se de um grande programa de investimentos em tecnologia, cuja meta é tornar o nosso sistema mais eficiente, melhorando a continuidade do abastecimento e oferecendo um serviço mais satisfatório para a população. O nosso objetivo é chegar a 750 unidades automatizadas até o final do próximo ano”, informou o presidente da companhia, Roberto Tavares, acrescentando que outros benefícios com o programa são a redução de perdas e de custos operacionais.
Com a automação, os sistemas de abastecimento são modernizados e funcionam de forma autônoma com a supervisão, o controle e o comando realizados de forma remota pelos Centros de Controle Operacionais (CCOs). Equipamentos inteligentes são aplicados nas unidades operacionais para fazer o controle do acionamento de bombas e válvulas, e ainda coletar as informações mais relevantes dos sistemas de abastecimento – medição de níveis de reservatórios, vazões e pressões nas tubulações, níveis de qualidade da água e consumo de energia elétrica.
Hoje, a Compesa conta com um Centro de Controle Operacional no Recife, que supervisiona e controla os sistemas da RMR, e com cinco centros regionais localizados em Paudalho, Caruaru, Belo Jardim, Ouricuri e Petrolina. Os sistemas produtores de água de Pirapama, Tapacurá e Suape, situados na RMR, além dos sistemas adutores do Oeste, Jucazinho, Belo Jardim, Siriji e Afrânio/Dormentes, situados no interior do estado, já contam com unidades automatizadas e interligadas aos Centros de Controle.