Planalto inicia reforma ministerial com posses na Saúde e nos Transportes
Planejamento já tem nome definido
Guardia deve assumir na Fazenda
Nove ministros deixam a Esplanada
Do Poder 360
O presidente Michel Temer inicia a semana dando posse aos novos ministros da Saúde, Gilberto Occhi, e dos Transportes, Valter Casimiro. A cerimônia será realizada nesta 2ª feira (2.abr.2018) no Palácio do Planalto, às 10h30.
O governo decidiu dar início oficialmente à reforma ministerial depois que amigos e ex-assessores de Michel Temer foram presos em São Paulo, na operação Skala, da Polícia Federal, deflagrada na 5ª feira (29.mar).
No domingo (1º.abr), o Planalto anunciou Esteves Colnago no Planejamento, no lugar de Dyogo Oliveira, que assumirá a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A Fazenda deverá ser comandada pelo atual nº 2 da pasta, o secretário executivo Eduardo Guardia, mas Temer ainda conversa com o atual ministro Henrique Meirelles sobre a substituição.
Quatro ministros já entregaram seus cargos. Outros 9 deixam a Esplanada nesta semana, prazo final para a desincompatibilização (em 7 de abril) necessária aos ministros que quiserem concorrer nas eleições.
No sábado (31.mar), Temer aceitou a indicação do PP para o Ministério da Saúde, o então presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi. O ex-ministro da pasta, Ricardo Barros, pediu demissão na última 3ª feira (27.mar) para se candidatar à reeleição como deputado federal pelo PP do Paraná.
A presidência da Caixa será ocupada pelo vice-presidente de Habitação do banco, Nelson Antonio de Souza.
Também no sábado, o Planalto confirmou o nome de Valter Casimiro, diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), para o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, indicado pelo PR, partido que comanda atualmente a pasta.
O ex-titular dos Transportes, Maurício Quintella, foi exonerado do cargo na 5ª (29.mar). Foi o 4º ministro a deixar a Esplanada para disputar as eleições. Deve tentar uma vaga no Senado por Alagoas.
Ronaldo Nogueira (PTB-RS) e Marcos Pereira (PRB-SP) deixaram suas pastas –Trabalho e Indústria, respectivamente– no fim de 2017 e início de 2018. Nogueira quer tentar a reeleição na Câmara, e Pereira, sem mandato, visa candidatura a deputado por São Paulo.
O Poder360 preparou 1 infográfico comparando o número de baixas que os últimos 4 presidentes tiveram em ano eleitoral. O governo Temer deve ter 13 baixas , 1 recorde em relação aos seus antecessores. FHC, Lula e Dilma tiveram no máximo 9 integrantes de saída para disputar eleições.
Pela lei, os candidatos devem deixar os cargos 6 meses antes da votação. Temer é o presidente que mais deu ministérios a deputados e senadores. No início do governo, quase 60% dos ministérios eram ocupados por congressistas.
Neste ano, 6 ministros deixarão as pastas para tentar uma vaga na Câmara dos Deputados. Outros 3 devem tentar o Senado.
Em Alagoas, Maurício Quintella (PR) e Marx Beltrão (MDB) estão na disputa por uma vaga ao lado de Renan Calheiros (MDB). No Maranhão, Sarney Filho (PV) deve pleitear uma vaga de oposição ao governo de Flávio Dino (PC do B).
O governo também perderá o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que se filia ao MDB nesta 3ª feira (3.abr) e deixa o ministério para ser candidato em outubro (a presidente ou a vice-presidente).