Planos de saúde terão que cobrir teste rápido de dengue a partir de 2016

O exame oferecido pelas empresas atualmente leva sete dias. O resultado do teste rápido sai em até 24 horas

Da Folhapress

As operadoras de planos de saúde serão obrigadas a cobrir o teste rápido para o vírus da dengue a partir de janeiro de 2016. O exame oferecido pelas empresas atualmente leva sete dias. O resultado do teste rápido sai em até 24 horas.  A medida é uma de 21 incluídas nesta quarta (28) na lista de procedimentos que as operadoras são obrigadas a cobrir por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A relação é revisada a cada dois anos.

Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde aponta que o país já teve 693 mortes causadas pela dengue nos primeiros oito meses do ano. Os dados colocam 2015 como o ano com maior número de óbitos provocados pela dengue desde 1990.

As operadoras também terão que cobrir o antígeno NS1 do vírus da dengue, exame de sangue que permite a detecção da dengue hemorrágica nos primeiros cinco dias da doença. O exame de sangue para diagnóstico de febre de chikungunya, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, foi incluído na lista. O número de casos dessa doença saltou de 3.657 para 12.170, aumento de mais de 200%, de 2014 para 2015.

Outras novidades no rol são um implante cardiodesfibrilador, dispositivo que ajuda a evitar morte súbita em doentes cardíacos, e a enzalutamida, medicamento oral para tratamento do câncer de próstata. A ANS também ampliou o uso de procedimentos já cobertos pelas operadoras. Grávidas e mulheres em amamentação terão direito a fazer 12 consultas em nutrição- atualmente são 6.

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“Isso faz parte da nossa campanha para estimular grávidas a fazerem parto normal. Para isso, precisamos garantir que a mulher tenha a gravidez mais saudável possível”, diz a gerente geral de regulação assistencial Raquel Lisboa.

Um procedimento foi excluído – uma cirurgia para corrigir o excesso de pele nas pálpebras. Segundo a agência, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia considera o procedimento obsoleto.

MENSALIDADES – A ANS não descarta a possibilidade de haver aumento na mensalidade dos planos como resultado dessas inclusões. Se houver, ele acontecerá em maio de 2017, mês em que o valor da mensalidade é revisto a cada ano. Durante todo o ano de 2016, a equipe técnica fará acompanhamento das demandas. A partir daí, quando chegarmos ao final de 2016, vamos avaliar se terá impacto nas mensalidades que serão apresentadas em 2017. O tamanho dessa impacto varia – pode ser 0,5%, 1%, depende da utilização dos procedimentos e medicamentos”, disse José Carlos Abrahão, diretor-presidente da ANS.

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